quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pra Começar..

Essa poesia estilo popular, que muitos chamam cordel, tem como autor Nivaldo Cruz de Cerqueira, nascido no dia 31 de janeiro de 1969, no Hospital Dom Pedro de Alcântara, na cidade de Feira de Santana, no Estado da Bahia.
Nivaldo é Radialista de profissão, Administrador em Marketing de Formação, com especialização em Gestão estratégica de Negócios, também faz palestras sobre os temas de administração. Como hobby é um apaixonado pela Brasilidade Brasileira do Brasil, ou seja, pela cultura do nosso país.Assim sendo, ousa a tantar escrever algumas poesias, até no estilo cordel, é bom deixar claro que as poesias são só no estilo cordel, pois faltam alguns elementos para que tornem-se desse estilo, como a metrificação de sete sílabas por frase.
Abaixo segue um de seus trabalhos:

A Chegada de ACM ao Inferno
Nivaldo Cruz – 23.07.2007


Era zuada, rebuliço,
Quiprocó, correria,
Era baderna, vexame,
Debandada, estería,
Desmantelo, agonia,
Zum zum zum e quebraria.

Tudo isso aconteceu
Com a notícia chegada,
Tava vindo a criatura
Mais temida e desgraçada,
Era esse o motivo
De pânico da diabada.

Nunca se viu coisa igual
Por toda aquela região
Nem mesmo no dia
Que chegou Lampião.
Dessa vez tava com medo
Até mesmo o próprio Cão.

A fama do dito cabôco,
O talzinho chegante
Vinha de longe e era
Muito do importante.
Tudo que num presta
Reunia o ficante.

Quando a notícia
Do passamento chegou
Foi tamanha a surpresa
Que todos ali tomou,
Sem ter uma saída breve
Tudo se desesperou.

Num ia durar mais tempo?
Num foi o que prometeu,
O próprio satanás?
O que aconteceu?
Me respondam por favor,
Agora que faço eu?

Desesperado um diabo
Bem velho gritou
Sem saber o que fazer
Diante de tal horror
O medo tomava conta
De todo morador.


Nem o Cão sabia
O que tinha acontecido,
Ele próprio cuidava
Daquele ser encardido
Pra não correr o risco
De ser por ele vencido.

Mas por descuido
E arte do pecado
Por um deslizezinho
Ele se fez atarefado
O dito morreu e vem,
Buscar o seu reinado

Um diabo bem vestido
Parecendo um advogado
Gritou logo de uma vez,
Eu num fico encangado
Se ele ta pensando que é lá
Ta é muito enganado.

Outro também gritou,
Nessa disputa de poder
Quero ver muito bem
Quem vai ganhar ou perder
É maldade e malvadeza
Isso aqui vai é tremer.

Era acusação que vinha
De tudo que era lado,
Cão correndo depressa
Fungando, esbaforado,
Ninguém queria está ali
Na chegada do danado.

Fazer o que ?
Ninguém sabia
Ir pra onde?
Como é que seria ?
O dia ia virar noite
E a noite virar dia.

O ministério do inferno
Convocou uma reunião
Pra que dali saísse
Rápido uma solução,
Teve muita idéia,
Mais nenhuma união.


Foi sujerido que
Fosse um embaixador
Até os domínios do céu
Pra pedir a nosso senhor
Que com a sua clemência
Lutasse a seu favor.

Em contra partida
Iam lhe prometer
Nunca mais fazer maldade
E a Deus obedecer.
Mas o dito pra bem longe
Cristo tinha que remeter.

Redigiram a tal carta
O embaixador lá se foi
Mas São Pedro precavido
Não lhe deu nem um oi
E botou pra correr
O diabo Tapazôi.

Voltando a estaca zero
E agora o que fazer?
Ou lutar até a morte,
Ou viver para morrer!
Gritava os cãos jovens
Sem o perigo conhecer.

Satanás vendo tudo,
Decidiu então
Usar de sua astúcia
Tomar uma posição
E propor ao dito
Uma negociação.

Parte do inferno
Ele, o dito comandava ,
A outra parte com
O diabo ficava,
Assim tudo se resolvia
Era o que o pobre achava.

Nesse instante
Um só grito se ouviu
Era uma grande tristeza
Coisa igual nunca existiu
Os diabos todos gritando,
Um desespero febril.


Todos estavam
Em estado treme treme
Nem mais agüentavam
Era só geme geme
Quando pisou na entrada
Do inferno ACM.

Satanás, Veio receber
Tava branco que nem vela,
A voz nem saiu,
Ficou foi no mei da guela,
O pobre tava todo cagado,
Sofreu uma super derrela.

Quem mandava aqui?
Esbravejou o chegante
Dando o pisão no pé
Do Satanás ofegante
E dando tapa na cara
De um diabo passante.

Outro diabo veio
Com ele falar
Recebeu uma bordoada
Foi sentir e se mijar,
Foi chegando e já mostrando
Quem ia mandar no lugar.

Enquanto isso um grande
Êxodo aconteceu
Era diabo fugindo
Levando o q´era seu
Foi grande o debandada
Assim se assucedeu.

ACM então foi
Assumir o poder
Tinha lá uns que
Não puderam correr
Ficaram sendo escravos,
Vivendo no padecer.

Vagando pelo mundo
Satanás ta exilado
Não pode mais voltar
Tomaram o seu reinado
Cabe a ele só esperar
Viver amargurado.


No palácio do inferno
ACM é coroado
Vindo a ser o dono
Do poder excomungado,
Fazendo mudanças
Piorando o piorado.

Aquilo lá tá vazio
Parece até um deserto,
Tem uns poucos vivos,
Dois mil num chega nem perto,
Mas nas propaganda tá lá
O inferno no caminho certo.


FIM.

Um comentário:

  1. Olá amigo amei o blog, e essa chegada de ACM no inferno foi dimais Parabéns só voçe p mostrar um pouco a arte do povo da nossa cidade maravilhosa Feira até+.

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