quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Declamando " A Briga na Procissão""
sábado, 16 de novembro de 2013
Em Defesa do Sertão Nordestino
Em
Defesa do Sertão Nordestino
Nivaldo
CruzCredo – 16.11.2013
Se o sertão me chamasse
Para ser seu defensor
Em um julgamento inquisidor
Talvez eu aceitasse,
Talvez eu declarasse
Nesse tribunal universal
Como é divina e excepcional
A vida pras bandas de cá,
Viver nesse lugar
É algo bem especial.
Viver cá no sertão
É fazer boa poesia
Toda noite, todo dia,
Essa é minha opinião
Viver nesse torrão
É ser forte de verdade
Para viver com a raridade
Da água que é santa e boa
Mas não está atoa
Para matar nossa vontade.
Dentro dessa aridez
Tem gente boa de primeira
De humildade verdadeira
Vivendo cada dia, cada mês
Esperando a sua vez
De encontrar nosso senhor
Por ser ele o salvador
De todo esse sofrimento
Acabando com o tormento
Daquele que o encontrou.
Se aproveitando de tudo isso
Existem uns cabras ruim
Que tenho cá pra mim
Que estão é a serviço
E fizeram compromisso
Com Satanás em pessoa,
Por que estes peste atoa,
Se dizem representante,
Querendo ser importante,
Vivem uma grande loa.
Com a desculpa esfarrapada
De acabar a tal da seca,
Com a sua alma pêca,
Fazem grande marmelada,
Roubando uma bolada
Dos projetos aprovados
Que não são concretizados
Deixando na mesma o sertão,
Com miséria e precisão
Por causa desses safados.
Depois de tudo isso,
Quando chega a eleição
Eles voltam no sertão
Com cara de submisso
Fazem novo compromisso
Enganando os inocentes
Que continuam sendo crentes
Desses tais anjos malditos
Que no inferno vão ser fritos
Por seus atos indecentes.
É a raça pior que tem
O tal do poliqueiro seu doutor,
Começa pelo vereador,
Eles não gostam de ninguém,
Vivem pro seu próprio bem
São prefeito e deputado indecente,
Senador vão até presidente
E nada fazem pelo nordeste,
Esses sangue suga da peste
Só querem o voto da gente.
Já tá mais que provado
Que a seca não tem fim
E eu tenho cá pra mim,
Que esses cabras safado
Sabe desse resultado,
Mas fica tirando proveito
Para toda vez ser eleito
Usando o mesmo discurso
De acabar com o percurso
Desse sertão sem jeito.
A Europa também é sofrida
De problema quase igual
Se aqui o Sol é o tal
Lá a neve é a referida
Atrapalhando a vida
De todo ser vivente
Sofrendo aquela gente,
Com a gente sofre aqui,
A diferença é que ali
Eles pensam diferente.
Lá não se quer acabar,
Lá se fala em conviver
E só para você entender,
Não querem com a neve parar,
Sabem que isso não dar,
Pois ninguém muda a natureza
Essa é a grande certeza
Que aqui tem que ser aprendida,
Pois a seca não é bandida
Nem é para trazer tristeza.
Projetos de convivência,
Estes têm que ser pensados
E depois implementados
Aumentando a resistência,
Só com essa consciência
O sertão muda a cara
E a fome vai ser rara,
A morte quase desaparecer
E assim você vai ver
Nossa beleza clara.
E esses vermes politiqueiros
Vão acabar onde merecem,
Essa é a minha santa prece,
Que acabem nos chiqueiros
Junto com os seus herdeiros
Que pensam igualmente
Em se aproveitar da gente,
Isso um dia será verdade.
Mesmo com muita idade
Espero mesmo estar presente.
Quero ver esse sertão
Sendo bem aproveitado,
O seu povo respeitado,
Ajudando essa nação
A virar o melhor rincão
Para se viver nesse mundo,
Esse é um desejo profundo
De quem no Nordeste acredita,
Quero que você reflita
E pare por um segundo.
Para ver e saber que no dia,
Que a seca for compreendida
E não mais for combatida
Será tempo de alegria,
Tempo de muita euforia
Pelos resultados obtidos
E os sucessos garantidos
Com muita propriedade,
Terás certeza da verdade
Dos beatos falecidos.
Quando diziam nas pregações.
Que aqui ai ter abundância,
Muitos pensavam ser ignorância,
Muitos pensavam ser ignorância,
Mas eram verdadeiras visões,
Eles não tinham ambições
E só cumpriam sua sina
Nessa terra nordestina,
Predizendo o seu futuro,
E ele virá eu sei e juro
De forma bem genuína.
Vivendo seca e sertanejo
Numa feliz convivência,
Será a independência,
(Esse é o grande desejo,
De quem vive no sobejo)
Desse povo humilhado
Pelo resto do país, ultrajado
E tratado como dejeto,
Servindo até de objeto,
Sendo desqualificado.
Esse povo passará,
(Isso eu tenho certeza)
A viver na realeza,
A história mostrará
E quem viver verá
Um nordeste enriquecido
Com um povo bem nutrido,
Sempre honesta minha gente,
Sempre forte e valente,
Povo nobre destemido.
Faça o favor de não esquecer
A palavra é convivência,
Para melhorar a existência
E o sertão florescer,
É isso que eu vou dizer
Lá no grande tribunal,
Se convidado for afinal
Para defender o sertão,
No julgamento que farão
Antes do juízo final.
Pode ser que não aconteça
O tal do julgamento falado,
Mas fica aqui o recado,
Para que nãos e esmoreça,
Nem se perca a cabeça,
Achando não ter saída,
Pois o sertão é vida,
Sempre foi e será,
Basta começar a pensar
De forma bem resolvida.
Convivência é conviver,
Conviver não é acabar
É poder e saber agregar
Para juntos acontecer
E de mãos dadas vencer
Toda a adversidade,
Para junto a criatividade
E a inteligência vir a tona,
E serem a mesma dona
Desse mundo com vontade.
sábado, 9 de novembro de 2013
Um doido, Uma Pedra E Um Carro
Um
doido, Uma Pedra E Um Carro
Nivaldo
CruzCredo – 09.11.2013
Outro
dia, passeando, eu vi
Um
doido, uma pedra e um carro,
Imaginei
logo um esparro
E
o que aconteceria ali,
Foi
então que percebi
Quanto
se tem de preconceito,
E
de até se achar no direito
De
julgar todo o mundo,
Quando
a verdade no fundo
É
que ninguém é perfeito.
Aproveitei
para rir da situação
E
como poeta não tem juízo
Comecei
no improviso
Brincar
com a imaginação
Criando
pr'aquilo finalização
Imaginei
o carro pegando a pedra,
E
quebrando a tal da regra,
Jogou
ela no doido sem pena,
Que
se pega no pobre empena
Ou
pelo menos um osso quebra.
Imaginei
outro fim diferente,
A
pedra com o doido na mão
Jogando
ele em cima do carrão,
O
doido igual a cabo de pente
Nem
parecia que era gente,
Todo
lá reto, estatalado
No
meio do carro amassado
E
a pedra sorrindo atoa
De
toda aquela loa,
Tirando
todo atrasado.
Tem
mais coisa para imaginar,
O
carro pela pedra levantado
E
em cima do doido lançado,
Como
criança a brincar,
O
doido sem puder se levantar
Fica
ali debaixo todo quebrado,
O
carro todo amassado
E
a pedra feliz da vida,
É
a vingança querida
Desde
muito tempo passado.
O
carro também poderia
Ali
naquele momento
Pegar
aquele elemento
E
fazer boa pontaria
Acertando,
quem diria,
O
doido na cabeça do pedregulho,
Mesmo
sem fazer barulho
Mais
com alegria imensa
E
acabar com a indiferença,
Quando
o tratam de bagulho.
O
doido aprontando das suas
Também,
muito bem, poderia
Testar
sua boa pontaria
E
diferente das outras duas,
Ali
em uma das suas ruas
Pegar
o carro na mão
E
atirar com precisão,
Acertando
a pedra na testa,
Ver
agora se isso presta!
Essa
tal de imaginação.
Pois
é, assim, afinal e então
Tudo
isso poderia acontecer
Só
para você poder ver
Que
o mundo tem mais diversão
Quando
se usa a imaginação,
Se
apenas pensasse o natural
Tudo
seguiria de forma normal
O
doido a pedra pegava
No
pobre do carro jogava,
O
veículo amassado era o final.
Mas
ainda tem outra finalização
A
pedra, o carro e o doidado
Não
precisariam de mais cuidado
Nem
de mais preocupação
Pois,
por pura distração
Um
ao outro não veria
E
ninguém se “bulia”,
Tudo
passava despercebido
Nada
haveria acontecido,
Mas
graça, também, não teria.
Antes
de findar essa elucubração,
Quero
pedir mais uma coisinha,
Mais
uma paciênciazinha,
Quero
que preste bastante atenção
E
perceba a minha intenção,
Vou
falar dos personagens
Que
criaram essas imagens,
São
três, que de forma diferente
Fazem
parte da vida da gente
E
destas nossas paisagens.
A
Pedra, esse tal mineral,
É
a única coisa ou ser
Que
estar aqui desde o amanhecer
E
que vai estar no final,
Pode
até não ser na forma atual,
Mas
testemunhará o fim de tudo
Com
seu jeito calado e mudo,
E
se a pedra pudesse falar
Quantos
segredos não iria contar,
Pois
presenciou da terra, cada segundo.
Mesmo
com todo saber
A
pedra se deixa pisar
Pelos
que estão onde ela estar,
Alguns
querem até ser
Melhor
do que eu e você,
E
a pedra com toda humildade
Age
assim nessa realidade,
Por
saber que tudo passará
Mas
só ela, a pedra, ficará,
Essa
é a grande verdade!
O
carro, veículo motorizado
Transporta,
leva e trás
Gente,
produtos e animais,
Quando
tá novo é ambicionado
Quando
envelhece é abandonado,
Os
donos querem se desfazer
Tocam
a colocar para vender,
Passa
de mão em mão o pobre,
Para
quem tem menos cobre,
Até
no desmanche vim padecer.
O
carro nos deixa a lição
Que
a juventude é passageira
Passa
por a gente ligeira
Trazendo
a beleza pela mão,
Tudo
passa meu bom irmão,
Não
se iluda por essa armadilha,
Preserve
seus amigos e família,
Só
assim terás uma boa vida,
Podendo
dizer que foi bem vivida
E
que seguiu muito bem sua trilha.
Sua
velhice pode ser a do carro
Considerado
ruim por quem lhe rodeia
Para
você fazem cara feia
Ou
vivem tirando o sarro
Dizendo
que você é catarro,
Pois
é pegajoso e nojento,
Tudo
isso é resultado ou provento.
Do
que se plantou no passado
Quando
de modo desajustado
Viveu
errado cada momento.
Achando
você ser imortal
Tratava
todos com desdém
Não
fazia o bem para ninguém
Se
achando ser um ser tal
Algo
assim fenomenal
Onde
juventude e beleza
Eram
infinitas com certeza,
Então,
assim igual ao carro ficou
Todo
o mundo o desprezou,
Sua
velhice foi uma tristeza.
Por
último o tal genial,
O
doido, esse liberto
Das
regras e do certo
Dos
que se dizem racional,
Seu
mundo é o natural,
Tudo
ele pode sem se constrager,
Tudo
ele faz sem se arrepender,
O
mundo é todinho seu.
Ele
pode ser crente ou ateu.
Só
vive de frente sem se esconder!
O
doido nos ensina
Uma
grande lição
Você
é de Deus a criação,
Não
seja poste na esquina,
Nem
bomba de gasolina,
Mexa-se,
faça seu destino,
Lembre-se
de quando era menino,
Quando
você era o queria ser
É
isso que se deve aprender
Para
ser feliz nesse mundo traquino.
Aqui,
hoje você aprendeu
Ser
humilde como a Pedra,
Essa
é uma boa regra,
O
hoje é resultado do que se deu,
O
que se fez, o que aconteceu,
Foi
a lição que o Carro apresentou,
E
para a gente ele mostrou
Que
para ter um futuro decente
É
preciso ser bem consciente,
Saber
viver bem seu doutor!
O
Doido nos ensinou que sonhar
É
preciso para viver
Só
sonhando a gente vai aprender
O
que é perder e ganhar,
Depois
passar a acreditar,
Que
existe o impossível
E
que ele é bem visível
Para
aquele que não tem medo
Esse
é o bom segredo,
Dos
que chamam de incrível.
Findo
nesse momento
Essa
estória maluca
Que
saiu da minha cuca,
Desse
meu pensamento,
Que
em agradecimento
Pela
sua preciosa atenção
Trouxe
aqui na sua mão,
Um
doido, uma pedra e um carro
Que
começou tirando um sarro
Mas
terminou numa lição.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Verdade Pra Cantador
Verdade pra Cantador
Nivaldo CruzCredo – 12.2012
Cantador
eu vou dizer
O que
mamãe me dizia
Que
chegará o dia,
O
Cristo vai renascer
Ele vai
levar você
Para o
reino celestial,
Pois a
arte não faz mal,
Nisso
pode acreditar
Ao céu
vai se elevar
Numa
nuvem triunfal.
Chegando
vais e juntar
Aos
grandes da profissão
Na
cantoria da união,
Para os
santos apreciar,
Os
anjos ovacionar
E Deus
assistindo, contudo
Vai
parecer estar mudo
De
tamanha grande emoção,
Por ver
que a sua criação,
Valeu,
apesar de tudo.
A cantoria
vai salvar
Toda a
humanidade,
Essa
que é a verdade
Que a
Virgem veio falar,
Você
pode não acreditar,
Depois
vai se arrepender,
Quando
o Cristo aparecer
Para
fazer a escolha dita,
Só vai
quem nele acreditar
E da
arte conhecer.
Por
isso meu sambador
Pode
seguir sua jornada
Cantando
chula improvisada
Nas
festas do interior,
Sabendo
que Nosso Senhor
A tudo
estar bem vendo
E fique
você sabendo
Pelas
coisas de Deus, que defende,
Daquele
que te ofende,
Jesus
tá te defendendo.
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