sábado, 16 de novembro de 2013

Em Defesa do Sertão Nordestino




Em Defesa do Sertão Nordestino
Nivaldo CruzCredo – 16.11.2013


Se o sertão me chamasse
Para ser seu defensor
Em um julgamento inquisidor
Talvez eu aceitasse,
Talvez eu declarasse
Nesse tribunal universal
Como é divina e excepcional
A vida pras bandas de cá,
Viver nesse lugar
É algo bem especial.

Viver cá no sertão
É fazer boa poesia
Toda noite, todo dia,
Essa é minha opinião
Viver nesse torrão
É ser forte de verdade
Para viver com a raridade
Da água que é santa e boa
Mas não está atoa
Para matar nossa vontade.

Dentro dessa aridez
Tem gente boa de primeira
De humildade verdadeira
Vivendo cada dia, cada mês
Esperando a sua vez
De encontrar nosso senhor
Por ser ele o salvador
De todo esse sofrimento
Acabando com o tormento
Daquele que o encontrou.

Se aproveitando de tudo isso
Existem uns cabras ruim
Que tenho cá pra mim
Que estão é a serviço
E fizeram compromisso
Com Satanás em pessoa,
Por que estes peste atoa,
Se dizem representante,
Querendo ser importante,
Vivem uma grande loa.

Com a desculpa esfarrapada
De acabar a tal da seca,
Com a sua alma pêca,
Fazem grande marmelada,
Roubando uma bolada
Dos projetos aprovados
Que não são concretizados
Deixando na mesma o sertão,
Com miséria e precisão
Por causa desses safados.

Depois de tudo isso,
Quando chega a eleição
Eles voltam no sertão
Com cara de submisso
Fazem novo compromisso
Enganando os inocentes
Que continuam sendo crentes
Desses tais anjos malditos
Que no inferno vão ser fritos
Por seus atos indecentes.

É a raça pior que tem
O tal do poliqueiro seu doutor,
Começa pelo vereador,
Eles não gostam de ninguém,
Vivem pro seu próprio bem
São prefeito e deputado indecente,
Senador vão até presidente
E nada fazem pelo nordeste,
Esses sangue suga da peste
Só querem o voto da gente.

Já tá mais que provado
Que a seca não tem fim
E eu tenho cá pra mim,
Que esses cabras safado
Sabe desse resultado,
Mas fica tirando proveito
Para toda vez ser eleito
Usando o mesmo discurso
De acabar com o percurso
Desse sertão sem jeito.

A Europa também é sofrida
De problema quase igual
Se aqui o Sol é o tal
Lá a neve é a referida
Atrapalhando a vida
De todo ser vivente
Sofrendo aquela gente,
Com a gente sofre aqui,
A diferença é que ali
Eles pensam diferente.

Lá não se quer acabar,
Lá se fala em conviver
E só para você entender,
Não querem com a neve parar,
Sabem que isso não dar,
Pois ninguém muda a natureza
Essa é a grande certeza
Que aqui tem que ser aprendida,
Pois a seca não é bandida
Nem é para trazer tristeza.

Projetos de convivência,
Estes têm que ser pensados
E depois implementados
Aumentando a resistência,
Só com essa consciência
O sertão muda a cara
E a fome vai ser rara,
A morte quase desaparecer
E assim você vai ver
Nossa beleza clara.

E esses vermes politiqueiros
Vão acabar onde merecem,
Essa é a minha santa prece,
Que acabem nos chiqueiros
Junto com os seus herdeiros
Que pensam igualmente
Em se aproveitar da gente,
Isso um dia será verdade.
Mesmo com muita idade
Espero mesmo estar presente.

Quero ver esse sertão
Sendo bem aproveitado,
O seu povo respeitado,
Ajudando essa nação
A virar o melhor rincão
Para se viver nesse mundo,
Esse é um desejo profundo
De quem no Nordeste acredita,
Quero que você reflita
E pare por um segundo.

Para ver e saber que no dia,
Que a seca for compreendida
E não mais for combatida
Será tempo de alegria,
Tempo de muita euforia
Pelos resultados obtidos
E os sucessos garantidos
Com muita propriedade,
Terás certeza da verdade
Dos beatos falecidos.

Quando diziam nas pregações.
Que aqui ai ter abundância,
Muitos pensavam ser ignorância,
Mas eram verdadeiras visões,
Eles não tinham ambições
E só cumpriam sua sina
Nessa terra nordestina,
Predizendo o seu futuro,
E ele virá eu sei e juro
De forma bem genuína.

Vivendo seca e sertanejo
Numa feliz convivência,
Será a independência,
(Esse é o grande desejo,
De quem vive no sobejo)
Desse povo humilhado
Pelo resto do país, ultrajado
E tratado como dejeto,
Servindo até de objeto,
Sendo desqualificado.

Esse povo passará,
(Isso eu tenho certeza)
A viver na realeza,
A história mostrará
E quem viver verá
Um nordeste enriquecido
Com um povo bem nutrido,
Sempre honesta minha gente,
Sempre forte e valente,
Povo nobre destemido.

Faça o favor de não esquecer
A palavra é convivência,
Para melhorar a existência
E o sertão florescer,
É isso que eu vou dizer
Lá no grande tribunal,
Se convidado for afinal
Para defender o sertão,
No julgamento que farão
Antes do juízo final.

Pode ser que não aconteça
O tal do julgamento falado,
Mas fica aqui o recado,
Para que nãos e esmoreça,
Nem se perca a cabeça,
Achando não ter saída,
Pois o sertão é vida,
Sempre foi e será,
Basta começar a pensar
De forma bem resolvida.

Convivência é conviver,
Conviver não é acabar
É poder e saber agregar
Para juntos acontecer
E de mãos dadas vencer
Toda a adversidade,
Para junto a criatividade
E a inteligência vir a tona,
E serem a mesma dona
Desse mundo com vontade.










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