sábado, 1 de maio de 2010

Raimundo Sodré O Cantador Que É A Massa



A alegria maior desse nosso “A Arte do Meu Povo” é poder homenagear nomes maravilhosos que são apaixonados, como eu, e que defendem, incentivam, divulgam e muitas das vezes vivem da nossa Cultura Popular. Da nossa Brasilidade Brasileira do Brasil, que é a Brasilidade pura, as coisas da nossa gente, nossas coisas, nosso jeito.
É orgulho demais trazer para você a lembrança ou até o conhecimento desses nomes que estão aí fazendo cultura popular e muitas das vezes não têm oportunidade nos grandes meios de comunicação, outros tiveram essa oportunidade, mas hoje devido a máfia que comanda esse mercado capitalista da cultura de massa(e não tem interesse na nossa cultura popular) foram colocados de lado e esquecidos por alguns.
Um desses nomes é o homenageado de hoje, o bom ipiraense Raimundo Sodré, que nos anos 80 ficou famoso em todo o país com a música “A Massa”, autor de muita coisa boa, Raimundo hoje está esquecido pela grande mídia, mas continua lutando pela nossa cultura dentro e fora do Brasil.




Nas minhas pesquisas sobre Raimundo Sodré, encontrei o seu site oficial http://www.raimundosodre.com.br/ De lá retirei a biografia abaixo:



“Foi, o Samba-Chula, nos últimos tempos, descoberto em toda a sua beleza. Batido na palma de mão, ele ecoa poderoso em todos os recantos dessa nova velha Bahia. Um dos autênticos mestres dessa música apaixonante é Raimundo Sodré, um artista que trás a chula no sangue. Nascido no interior da Bahia, em 23 de julho de 1947, é filho de Anacleto Pereira Sodré, maquinista da Leste Brasileira, e de Laura Rosa Brandão, artesã de renda de bilro e crochê. Seu pai, da cidade de Santo Amaro da Purificação, sua mãe, de Mundo Novo.
Quando ficou grávida, atendendo ao convite de sua irmã mais velha, Isaura, sua mãe foi tê-lo em Ipirá, onde ela residia no distrito de Camisão, légua e meia do município. Tia Isaura foi uma pessoa muito especial na formação do menino. Mãe de santo, ela comandava um terreiro de Candomblé da nação Angola.
Com quatro anos de idade, foi com a mãe e a avó, morar na capital. Mas, voltava todo ano para passar as férias escolares na casa da tia. O ambiente era muito alegre, quando se festejava os Santos Reis, promovia-se uma comemoração que chegava a durar por vários dias. Era uma festa muito pitoresca, já que se apresentavam ao mesmo tempo grupos de samba chula e de forró. A casa era enorme, numa das salas o forró tomava conta, por conta das sanfonas de Roque Bananeira e de Isac Reis - este acompanharia Sodré no tempo dos festivais -, enquanto ao lado, no barracão do Candomblé, reinava a chula, comandada pelas violas de Raimundo do Pião, Teóphilo Preto, e pelo pandeiro de Dioclésio. Numa dessas férias em Ipirá, o menino Raimundo começou a tocar atabaque, iniciado pelo Ogã Augusto Carixá, do famoso terreiro do Bate Folhas, da Mata Escura, em Salvador.
Quando estava com a idade de 14 para 15 anos, uma propaganda de rádio, apresentada pelo irreverente cantor Juca Chaves, onde ele tocava um violão com um suingue irresistível, chamou a atenção do menino Sodré para o instrumento. Tempos depois, com um violão emprestado por um vizinho, seu Abel, começa a treinar os primeiros acordes, ensinados por sua mãe, Laura.
As primeiras músicas que tocou foram as chulas que ouvia em Ipirá, depois o samba-canção "Tudo de Mim", sucesso cantado por Altemar Dutra, cuja voz Sodré muito admirava. Sempre tocando e cantando, ele cumpriu os estudos básicos, até entrar no tradicional Colégio Central da Bahia, um dos centros da intelectualidade estudantil baiana nos complicados anos sessenta.
Querendo realizar a vontade de seu pai, que sonhava que o filho fosse médico, prestou exame vestibular e entrou para a faculdade de medicina, do Terreiro de Jesus, mas foi obrigado a abandonar o curso logo em seguida, por não ter condições de custear os estudos.



Em 1972, recém casado resolve mudar-se para São Paulo. Foi trabalhar como analista de crédito numa financeira. Lá, conheceu o radialista Antonio Celso, da rádio Excélsior, que ao saber que ele cantava o convidou para fazer um teste. Na oportunidade ele cantou algumas músicas de Gonzagão, Jackson do Pandeiro, Gilberto Gil, e outros. Na ocasião, foi apresentado ao produtor Paulo Leivas, que o levou para a gravadora Continental, projetando o lançamento de um compacto simples onde ele cantaria duas músicas de Gonzagão: "Vou Casar Já" e "Onde Tu Vai Luiz?". Mas o disco terminou não saindo porque, logo depois, o produtor saiu da gravadora, que abandonou o projeto. Na Continental, Sodré conheceu Belchior, Odair Cabeça de Poeta, e o pessoal do grupo Capote.
Em 1974, dois anos depois de haver chegado à São Paulo, Sodré resolve voltar para a Bahia. Foi morar com o pai na cidade de Santo Amaro da Purificação, onde conhece Roberto Mendes e Jorge Portugal e entra para o Sangue e Raça, um grupo que misturava música e teatro.
Em 1975, é convidado pelo percussionista Djalma Correa para participar da montagem, tocando viola, do espetáculo "Sete Poemas Negros", do escritor Ildázio Tavares.
Em 1976, o Sangue e Raça participa de uma oficina de jazz no ICBA - Instituto Cultural Brasil Alemanha -, formulada pelo guitarrista alemão Volker Kriguel, tendo o trabalho do grupo se destacado, ganhando a admiração de Roland Schafiner, diretor da casa, que convidou o grupo para realizar um espetáculo, batizado "Reconsertão", o primeiro grande show do grupo. Calcado em elementos rítmicos e melódicos do recôncavo baiano e do sertão nordestino como a chula, emboladas, baiões, e xotes, o espetáculo teve grande repercussão, ensejando aos rapazes um novo convite de Schafiner para repetirem a temporada. Todo o sucesso em Salvador, motivou um convite do ICBA, para realizarem uma temporada, ao lado do grupo Baiafro, do percussionista Djalma Correa, por vários estados do nordeste levando o show "Sertafro". No mesmo ano, o grupo Sangue e Raça monta no pátio do ICBA o show "Viola, Repente e Canção", onde contracenam com artistas populares como os repentistas Bule-Bule, Zé Gonçalves, e Zé Pedreira.
Em 1978 o Sangue e Raça se junta ao grupo Teatro Livre da Bahia, do diretor João Augusto, para montar "Oxente Gente, Cordel", espetáculo premiado como o melhor do ano, pelo Serviço Nacional de Teatro. Fazendo apresentações em Brasília, em São Paulo, e no Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, Sodré se desliga do grupo, permanecendo na capital carioca para fazer alguns shows. Os primeiros foram no teatro da Maison de France e, logo depois, uma serie de apresentações na Aliança Francesa, de Copacabana, da Tijuca, e de Botafogo, onde, sempre às quartas-feiras, permaneceu em cartaz por quase um ano.
No final desse mesmo ano, estréia na Sala Funarte em companhia da cantora Fátima Regina, um show com direção musical do maestro Antonio Adolfo. É, então, convidado por Miguel Chaves, assistente de produção de Roberto Menescal, para fazer um teste. Deixando registrado na gravadora Polygram algumas músicas, entre elas o "Recado Pro Pessoal Lá de casa", "Sonho Claro", ainda hoje inédita, "Vá Pra Casa Esse Menino, Viu?", e "A Massa".
Em junho de 1979, ele apresenta na Cocha Verde, no morro da Urca, ao lado da cantora Tânia Alves, o show "Raimundo Sodré e Tânia Alves". Logo depois, a grande notícia: "A Massa", havia sido escolhida pelos produtores da Polygram para participar do festival MPB 80. Realizado pela Rede Globo de Televisão. Assim, nos primeiros dias do mês de setembro, Sodré assina um contrato para a realização de três discos com a gravadora, e entra no estúdio para preparar as músicas de seu futuro primeiro LP.




Em abril de 1980, "A Massa" é classificada com aclamação na segunda eliminatória do festival. Com o sucesso imediato que a música alcança, fazendo o nome de Raimundo Sodré conhecido em todo o país, a gravadora não perde tempo, e coloca no mercado o LP "Massa", o seu primeiro disco. Segundo contam, a altíssima vendagem que o disco alcançou, tirou a gravadora do vermelho.
Pouco depois, em maio, Sodré é convidado pelo amigo Djalma Correa para participar junto com o Baiafro, nos Estados Unidos, do festival Latino Percussion. Realizaram duas apresentações em Nova Iorque, a primeira no Teatro Simphony Space, na Broadway, e no Teatro Luth Gold Center, no bairro do Brooklin. De volta, Sodré cai na estrada para divulgar o seu disco, viajando pelos estados do norte, chegando à região amazônica, para shows nas cidades de Belém, Manaus, Santarém, Parintins, Porto Velho. Analisando esse roteiro, dá para se ter uma idéia do alcance do sucesso d'A Massa". Toda essa movimentação, serviu para esquentar as turbinas para a final do festival MPB 80, que se aproximava.
Finalmente em agosto, no palco do Maracanãzinho, "A Massa" arrebata o terceiro lugar, arrematando o sucesso que a música já tinha em todo o país, como a música mais popular do festival. Em todos os cantos do país por onde se passava estavam tocando "A Massa".
No inicio de 1981, com pouco mais de seis meses do lançamento do seu primeiro disco Sodré entra mais uma vez nos estúdios para gravar as canções de seu segundo disco, "Coisa de Nego". Todo o ano foi dedicado a apresentações pelo país a fora. Finalmente, ele recolhia os louros da dura batalha que havia travado. Aproveitando de sua fama, a Polygram lança para o carnaval, um compacto simples com a música "Bateu, Ganhou", dele e Jorge Portugal.
Depois de trabalhar ininterruptamente por dois anos, 1982 foi tirado por Sodré para descansar e para compor calmamente seu novo repertório. Somente em janeiro de 1983, Sodré é convocado pela Polygram para gravar o último LP de seu contrato.
O novo trabalho, começou a ser produzido por Djalma Correa, com arranjos do maestro Juarez Araújo. Mas, no meio das gravações o produtor viajou para os Estados Unidos e permaneceu por lá durante tanto tempo que a gravadora exigiu que fosse providenciado outro profissional para finalizar o disco. O escolhido foi o produtor João Augusto, que condicionou a sua entrada a começar tudo do zero, ficando de fora aquelas músicas que já haviam sido gravadas com a produção de Djalma Correa, umas quatro ou cinco faixas.
"Beijo Moreno", é considerado por Sodré como o seu disco melhor realizado. O novo trabalho proporcionou ao artista a retomada de suas atividades com o show "Cantações", realizado na Sala Funarte. O mesmo show é apresentado no Circo Voador e depois segue em turne por várias capitais brasileiras. No inicio de 1984, com o lançamento do compacto simples "Pica-Pau Brasil", Raimundo Sodré fecha o seu ciclo na gravadora Polygram.
Em 1990, no inicio do ano, Sodré foi convidado pelo Comitê de Solidarieté France Brezil, para fazer um Carnaval no Cirque d' Hiver, acompanhado de sua banda, formada pelos músicos Chagas Nobre na guitarra, Carlinhos Wernck, no baixo, Elber Bedaque, na bateria, e o percurssionista Chaplin. O sucesso foi tanto que um mês depois o Comitê o convidou para outra apresentação, desta vez no New Morning, conceituada casa de espetáculos parisiense, mais especializada em jazz. Logo após o show no New Morning, foi contratado para fazer dois shows na Inglaterra, um no Subterranean Club, e outro no África Café, em Londres.
Ao conhecer a Cidade Luz, Sodré se apaixona e resolve ficar na França, tendo direito de solicitar a sua Carta de Sejour. Carta está que virou tema de uma canção, lançada em 1994 no disco "Real", que alcançou muito sucesso na França, tocando até hoje na Rádio Nova, de Paris.
Nos anos seguintes viaja por toda a Europa, tocando em festivais na Alemanha, Suíça, Dinamarca, Grécia, Marrocos, e Índia.
Em 1993, Sodré vem ao Brasil especialmente para gravar em São Paulo o seu quarto disco, "Real". O CD, teve a produção executiva de Venance Journé para a H2 Produções, foi lançado em 1994, na Europa, pela gravadora alemã Tropical Music e editado no país, em 1996, pela gravadora RGE.
Vindo sempre ao Brasil, em 1999, Raimundo Sodré aparece como convidado no CD "Pescador de Canções", do colega Wilson Aragão. Neste mesmo ano, realiza na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, um grande show ao lado do paraibano Zé Ramalho. Surgindo daí, a vontade de voltar a morar no em seu país. O que, efetivamente, veio acontecer em janeiro do ano 2000.
Neste mesmo ano, já residindo em Salvador, fez show no teatro ACBEU, no projeto "Terça da Boa Música", e várias apresentações em variados espaços musicais do centro histórico, Pelourinho. Para comemorar o seu retorno, participa do CD "Do Lundu ao Axé - Bahia de Todas as Músicas", lançado pelo Governo do Estado, através do Projeto Faz Cultura, cantando a música "Filho da Bahia", do sambista baiano Walter Queiroz, ao lado de Luis Caldas. Ainda em 2000, lança um CD-demo com o baião "Cadim", visando a programação das rádios do interior para o São João daquele ano.
Em 2003, Raimundo Sodré lançou o CD "Dengo", o seu quinto trabalho individual. O disco marca nova etapa em sua carreira. Nele, Raimundo Sodré mostra que está em plena forma, compondo, tocando e cantando como nunca. "Dengo", é o movimento de retomada da posição que nunca deixou de ser sua: a de um dos mais autênticos artistas populares de sua época. Isso não é pouco.
Axé, Raimundo Sodré!

Roberto Torres “




Conheça mais de Raimundo Sodré visitando do site http://www.raimundosodre.com.br/ lá você vai encontrar tudo sobre ele e mais suas obras. Poemas belíssimos em forma da composição como estas:



A MASSA
(Raimundo Sodré - Jorge Portugal )


A dor da gente
É dor de menino acanhado
Menino bezerro pisado
No curral do mundo a penar
Que salta aos olhos
Igual a um gemido calado
À sombra do mal assombrado
É a dor de nem poder chorar
Moinho de homens
Que nem gerimuns amassados
Mansos meninos domados
Massa de medos iguais
Amassando a massa
A mão que amassa a comida
Esculpe, modela e castiga
A massa dos homens normais
Quando eu lembro da massa
Da mandioca mãe da massa
When I remember of "massa" of manioc
Quando eu lembro da massa
Da mandioca mãe da massa
Nunca mais me fizeram aquela presença, mãe
Da massa que planta a mandioca, mãe
A massa qu'eu falo é a que passa fome, mãe
A massa que planta mandioca mãe
Quand je rappele de la masse du manioc, mére
Quando eu lembro da massa da mandioca
Lelé meu amor lelé Lelé meu amor lelé
No cabo de uma enxada Não conheço "coroné"
Eu quero mas não quero, camarão
Mulher minha na função, camarão
Que está livre de um abraço
Mas não está de um beliscão
Torna a repetir meu amor: ai, ai, ai!
É que o guarda civil não quer
A roupa no quarador
O guarda civil não quer a roupa no quarador
Meu Deus onde vai parar
Parar essa massa
Meu Deus onde vai rolar
Rolar a massa...




BEBERANDO
(Jorge Portugal - Raimundo Sodré - Roberto Mendes)


Beberando o medo
Revelando tudo
Revelando cedo
Beberando tudo
Revelando esse segredo, meu povo
Em cada canto do mundo
Foice corta mato
Sol matando tudo
Águas só nas casas das gravatas
Gravatá que abastece tudo

Debaixo do Céu
(Raimundo Sodré -Jorge Portugal)


Quem achar debaixo do céu
O caminho em que se perdeu
Multiplicará sua emoção
Pelas voltas que o mundo deu
Assumir no grande escarcéu
A loucura que não viveu
Nas profundas de tantos céus
Nos infernos de tanto deus
Só assim ressuscitará
Tanta vida que já morreu
Tanta festa que se fará
Tanto amor que se queria dar
Tanta coisa que não se deu
É preciso só começar
Pois a força do que será
Já está no que pode ser
No mangue nas águas
Do mar
No prostíbulo no pomar
Na pessoa que vai nascer.





SINA DE CANTADOR
(Raimundo Sodré)


Conheci um cantador
Que cantava desde menino
Cantava a nossa dor
Recitava com amor
Como um sopro Divino
Canta canta cantador
Canta toda sua sina
Canta todo o seu amor
Como o Homem que falou
Do sofrer da Palestina
Repita cantador!... bis
Toca a vida cantador
Sua viola nordestina
É tão bom ser sonhador
Sonhar lindo como a flor
No cabelo da menina
Tantos filhos sem amor
Quanta dor em cada esquina
Quantas vidas em clamor
Quanta cara de pavor
Do menino e da menina

RECADO PRO PESSOAL LÁ DE CASA
(Raimundo Sodré - Marcelo Machado)


Mais pra falar a verdade
Mãe e Pai
A vida desta cidade não tem sido lá tão boa pra mim
Nunca foi e nem vai, viu, pai?
Indo tão bem assim
Como eu mando dizer toda vez
Nas cartas fartas de amor
Que eu mando pra vocês
Desde que eu vim pra'qui
Eu tenho andado tão tenso
Que tudo e tudo que penso
É arrumar a mochila,
É sair desta fila, é sair por aí
Que esta vida aqui não é de brinquedo
É um tal de dormir tarde e acordar cedo que eu te contar...
Essa vida aqui é um verdadeiro porre
Todo esse vem, todo esse vai
E esse corre, corre, corre, corre,
E no final das contas
A gente descobre que a gente não vive
Aqui só se morre
E no final das contas a gente descobre
Que agente não vive aqui, só se morre





BAIÃO PISADO
(Roberto Mendes-Raimundo Sodré-Jorge Portugal)


Te digo sinceramente
Amigo e companheiro
Hoje recém-nascido
Ventre do mundo inteiro
Olhar onde a vista alcança
E não enxergar primeiro
É repetir nessa dança
Os passos de quem dançar
Te pego pela palavra
E te resolvo inteiro
Os pés quando não alcançam
É quando alcançam primeiro
O peito amortece a lança
Os pés abrem a caminhada
A vida é inventar estrada
E nela não se alcançar
Pisa no chão,
Pisa no chão
Mas pra pisar nesse baião
Tem que pisar devagar
Bate na mão,
Bate na mão, porque bater nesse baião
Significa apanhar.





"E VIVA A ARTE DO MEU POVO!!!"

Um comentário:

  1. o povo Bahiano deixa apagar a luz de um grnde poeta que não esconde o sofrimento do povo nordestino relatado na maioria de suas musicas,sodre ultrapassou fronteiras e sem medo do acaso expressou nossa originalidade,criticou de maneira tal tocando a alma, falando da nossa verdadeira realidade. gostaria que professor Jorge portugal convidace para entrevista-lo no seu programa,afinal é uma forma de almenagea-lo.

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