Tive contato com o homenageado de hoje do “A Arte Do Meu Povo” no programa Sr Brasil, apresentando pelo grande Rolando Boldrin,na TV Cultura. Domá da Conceição, esse goiano de Abadia de Goiás é dessas figuras impar, que tem energia e luz própria. Defensor da nossa cultura popular merece ser conhecido e exaltado por todo brasileiro apaixonado pelo que é nosso.
Sobre ele, pesquisei e encontrei no site www.overmundo.com.br/overblog/foliao-culto -, estas palavras:
“Domá da Conceição bebeu nas fontes do rock e dos filósofos alemães para reencontrar seu porto seguro na música folclórica em Goiás
Depois de exibir seu primeiro e único disco como um troféu, o cantor, compositor e violeiro goiano Domá da Conceição comemora outro feito na carreira de mais de 20 anos: ter exibido na França um documentário contando sua vida e obra. O curta Anjo Alecrim, homônimo ao CD dele lançado há três anos, foi produzido e dirigido por Viviane Louise e recupera passagens importantes da vida e carreira do artista, um dos mais destacados representantes das folias de reis do Centro-Oeste.
O filme foi exibido em Paris, em outubro do ano passado, na programação do Ano do Brasil na França. São 21 minutos rodados em película de 35 milímetros cuja trilha, assinada pelo protagonista, ganhou prêmio de melhor trilha sonora no Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), realizado em junho de 2005 pelo governo estadual em Goiás Velho, cidade histórica que virou Patrimônio da Humanidade há quatro anos.
Domá da Conceição conheceu Viviane na época em que buscava patrocínios via Lei Municipal de Incentivo à Cultura para gravar seu primeiro disco. Passados dois anos de conversas e planejamentos, o documentário foi filmado em uma semana. Com textos do próprio Domá e da diretora, o roteiro mistura fato e ficção. As cenas repassam o início da carreira em Abadia de Goiás (vilarejo então ligado a Trindade, município a apenas 17 quilômetros de Goiânia), passa pela capital, de onde Domá iniciou a carreira em festivais, e volta às origens, no sítio da família em Abadia, hoje emancipada, onde Domá redescobriu sua matriz musical. O objetivo do violeiro e folião agora, conta ele, é lançar o documentário em DVD.
Lindomar Alves da Conceição, ou simplesmente Domá da Conceição, chegou ao primeiro disco redescobrindo a vocação ancestral de sua música. Ancorado nos ritmos da folia de reis, catira, guarânia, do chamamé e da congada, Anjo Alecrim é uma reunião de peças de domínio público e composições próprias que Domá burilou ou mesmo recuperou depois de se desvencilhar da influência pop que o marcou por anos. O CD foi produzido pelo violonista Luiz Chaffin, contou com bons músicos nas gravações e a participação da folclorista Ely Camargo, grande incentivadora do cantor, que canta com ele numa das faixas (Está Dito). Ele compôs quatro das 11 faixas do disco.
A retomada das folias e dos ritmos da infância veio devagar. Domá continuou sua peregrinação pelos festivais durante os anos 80. Era o auge do rock rural defendido por Zé Rodrix, Tavito, Sá & Guarabyra, 14 Bis e outros. “Mas ainda usava a viola roqueira de 12 cordas. Foi nessa época que ganhei muitos prêmios em Inhumas (interior de Goiás), Minas Gerais e São Paulo”, recorda.”
Já o site http://programaraizes.net/posts/doma-da-conceicao trás o seguinte:
“Com mais de 20 anos de carreira, o cantor e compositor Domá da Conceição é considerado um dos principais representantes da folia goiana. Seu primeiro CD, denominado “Anjo de Alecrim”, - trabalho independente patrocinado pela Lei municipal de incentivo a cultura -, nome também do personagem que ele interpreta em suas apresentações, foi produzido por Luiz Chaffin e contou com bons músicos e a participação da folclorista Ely Camargo. Este trabalho está ancorado nos ritmos da folia de reis, catira e guarânia. Domá da Conceição leva em sua bagagem uma cultura arraigada da viola e a voz marcada pelas toadas que aprendera com o pai, violeiro, limpando roça em Trindade. A retomada das folias e dos ritmos da infância veio devagar. Domá continuou sua peregrinação pelos festivais durante os anos 80, no auge do rock rural defendido por Zé Rodrix, Tavito, Sá e Guarabyra, 14 Bis dentre outros. Artista criado em rodas de violeiro e foliões, participou de vários festivais e ganhou prêmios em Inhumas, Minas Gerais e São Paulo. É um artista cônscio de sua origem, mas com os olhos voltados para um público novo, desacostumado à tradição”
Algumas letras músicas de domínio público interpretadas por Domá:
Onde a rainha mora –
Domínio Público
Umas coisas nesse mundo
Ainda quero pissui elas
Cachaça e muié bunita
E um cavalo bão de cela
um cavalo bão de cela
E pinga pra nóis bebe
No colo de muié bunita
Eu não tenho medo de morre.
PESCADOR VAGABUNDO
DOMINIO PÚBLICO
Me contou José Raimundo, pescador de profissão
Foi me contou a sua estória com grande admiração
Disse que no poço fundo pega peixe de montão
Mas no mei das capoeira na noite de sexta feira aparece ‘sombração'
Foi o caboclo me falou sem tirar o ‘ôio' do chão
Eu virei disse pra ele: "Não caio em tapeação
Vou pescar no poço fundo, quero ver esse bichão
Vou pescar no poço fundo porque alma do outro mundo eu não me acredito não
Quando foi na sexta feira com a noite de escuridão
Fui preparei a minha vara e na cinta pus meu facão
E levei aí um bom reio só pra dar uma lição
Só se vendo que colosso, fiquei na beira do poço esperando essa visão
Quando foi na meia noite começou dar uns trovão
Fui ver saindo lá do mato, ‘vei' fazendo um 'baruião'
Era o José Raimundo que vinha de má ‘tenção'
Era mesmo um bicho feio, mas quando ele viu meu reio caiu no disparadão
Eu então corri atrás com o meu reio na mão
Eu lhe dei duas reiada que até hoje tem vergão
Hoje todo mundo pesca, pega peixe de montão
Todos pesca sossegado e esse tal lugar assombrado acabou-se assombração.
"E VIVA A ARTE DO MEU POVO!!!"
oi gente
ResponderExcluirisso aqui nao serve pra nada ja tem uma semana que eu to procurando e nao acho......
e concordo com voce nao serve pra nada!!!!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirEstou planejando mais um encontro cultural, projeto com sua 9ª edição no Colégio Castelo Branco, em Jussara (GO).
Gostaria que, se possível, enviásse-me algo mais sobre Domá da Conceição e outros artistas que cantaram e/ou cantam as raízes da cultura goiana.
Desde já, agradeço e parabenizo pelo blog.
Ana Paula
Enviaremos quando possivel!Muito obrigado pelo agradecimento! #aartedomeupovo agradece
ExcluirParabéns doma, são poucos que guardam suas raízes.
ResponderExcluirParabéns doma, são poucos que guardam suas raízes.
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