Hoje, na minha opinião, o “A Arte Do Meu Povo” não vai homenagear, e sim ser homenageado por ter a oportunidade de mostrar um pouco desse, que sem sombra de dúvidas é o GRANDE amante da Cultura Popular do Brasil, o GRANDE defensor da brasilidade, brasileira do Brasil. Se existe uma pessoa nesse mundo apaixonada por nosso país, nosso povo e a nossa cultura é esse homem.
Vou parar de falar, porque tudo que eu disser sobre ele, é chover no molhado, tudo já foi dito. Ele é ARIANO SUASSUNA.
Conheça mais sobre Ariano no site oficial dele, http://www.arianosuassuna.com.br/index.php
Nas pesquisas que fiz encontrei várias biografias sobre ele, achjei interessante a do site acima, mas preferi deixar que você visite-o e conheça-o, pois, vale apena. Para aproveitar aqui no “A Arte Do Meu Povo” escolhi estas informações do WIKIPEDIA :
“Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa, 16 de junho de 1927) é um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro.
Ariano Suassuna é um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, autor dos célebres Auto da Compadecida e A Pedra do Reino, é um defensor da cultura do Nordeste.
Ariano nasceu na Cidade da Paraiba (hoje João Pessoa), capital da Paraíba (Parahyba em ortografia arcaica), filho de Rita de Cássia Vilar e João Urbano Pessoa de Vasconcellos Suassuna (1886-1930) que cumpria o mandato de presidente do Estado (atualmente equivale ao cargo de governador). Este dia era dia de Corpus Christi, o que acabou por ocasionar a parada de uma procissão que parecia ocorrer devido ao dia de seu nascimento na frente do palácio do governo do Estado. Ariano viveu os primeiros anos de sua vida no Sítio Acauã, no sertão do estado da Paraíba.
Aos três anos de idade (1930), Ariano passou por um dos momentos mais complicados de sua vida com o assassinato de seu pai no Rio de Janeiro, por motivos políticos, durante a Revolução de 1930, o que obrigou sua mãe a levar toda a família a morar na cidade de Taperoá, no Cariri Paraibano.
Ainda em Taperoá, Ariano teve conhecimento da morte do seu pai, que ocorreu dentro da cadeia de eventos que sucederam e estavam ligados à morte de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, e, como produto destes acontecimentos, sua família precisou fazer várias peregrinações para diferentes cidades, a fim de fugir das represálias dos grupos políticos opositores ao seu falecido pai.
De 1933 a 1937, Ariano ainda em Taperoá, fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de "improvisação" seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral."
Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo do Império Serrano, no carnaval carioca; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista.
Em 2006, foi concedido título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará, mas que veio a ser entregue apenas em 10 de junho de 2010, às vésperas de completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a honraria, mas era problemas de agenda", afirmou Ariano, referindo-se ao tempo entre a concessão e o recebimento do título."
Aqui algumas frases geniais de Ariano:
“Que eu nao perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo
sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas." Ariano Suassuna
"O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso." Ariano Suassuna
"Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa." Ariano Suassuna
"Eu digo sempre que das três virtudes teologais chamadas, eu sou fraco na fé e fraco na qualidade, só me resta a esperança. Eu sou o homem da esperança." Ariano Suassuna
"… que é muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos." Ariano Suassuna
Pra você se deliciar, eis algumas poesias do MESTRE:
A Moça Caetana a morte sertaneja
Ariano Suassuna
Eu vi a Morte, a moça Caetana,
com o Manto negro, rubro e amarelo.
Vi o inocente olhar, puro e perverso,
e os dentes de Coral da desumana.
Eu vi o Estrago, o bote, o ardor cruel,
os peitos fascinantes e esquisitos.
Na mão direita, a Cobra cascavel,
e na esquerda a Coral, rubi maldito.
Na fronte, uma coroa e o Gavião.
Nas espáduas, as Asas deslumbrantes
que, rufiando nas pedras do Sertão,
pairavam sobre Urtigas causticantes,
caules de prata, espinhos estrelados
e os cachos do meu Sangue iluminado.
O Mundo do Sertão
Ariano Suassuna
Diante de mim, as malhas amarelas
do mundo, Onça castanha e destemida.
No campo rubro, a Asma azul da vida
à cruz do Azul, o Mal se desmantela.
Mas a Prata sem sol destas moedas
perturba a Cruz e as Rosas mal perdidas;
e a Marca negra esquerda inesquecida
corta a Prata das folhas e fivelas.
E enquanto o Fogo clama a Pedra rija,
que até o fim, serei desnorteado,
que até no Pardo o cego desespera,
o Cavalo castanho, na cornija,
tenha alçar-se, nas asas, ao Sagrado,
ladrando entre as Esfinges e a Pantera.
A Morte - O Sol do Terrível
Ariano Suassuna
Mas eu enfrentarei o Sol divino,
o Olhar sagrado em que a Pantera arde.
Saberei porque a teia do Destino
não houve quem cortasse ou desatasse.
Não serei orgulhoso nem covarde,
que o sangue se rebela ao toque e ao Sino.
Verei feita em topázio a luz da Tarde,
pedra do Sono e cetro do Assassino.
Ela virá, Mulher, afiando as asas,
com os dentes de cristal, feitos de brasas,
e há de sagrar-me a vista o Gavião.
Mas sei, também, que só assim verei
a coroa da Chama e Deus, meu Rei,
assentado em seu trono do Sertão.
"E VIVA A ARTE DO MEU POVO!!!"
Eu sou fã desse cara "ele é o cara"
ResponderExcluirNo mundo há dois tipos de estrelas, aquelas que já nasceram para brilhar e as que precisam de auxílio para poder perpetuar.Ariano você não só nasceu para brilhar como também para nos ensinar que o brilho pode até acabar,mas só depende de nos para o risco podermos evitar.
ResponderExcluirIzabel Barbosa
Nunca mais o Brasil terá outro igual a Ariano........\o/
ResponderExcluirFICAMOS MAIS POBRES, HOJE. O CÉU, MAIS RICO!
ResponderExcluir