Um
doido, Uma Pedra E Um Carro
Nivaldo
CruzCredo – 09.11.2013
Outro
dia, passeando, eu vi
Um
doido, uma pedra e um carro,
Imaginei
logo um esparro
E
o que aconteceria ali,
Foi
então que percebi
Quanto
se tem de preconceito,
E
de até se achar no direito
De
julgar todo o mundo,
Quando
a verdade no fundo
É
que ninguém é perfeito.
Aproveitei
para rir da situação
E
como poeta não tem juízo
Comecei
no improviso
Brincar
com a imaginação
Criando
pr'aquilo finalização
Imaginei
o carro pegando a pedra,
E
quebrando a tal da regra,
Jogou
ela no doido sem pena,
Que
se pega no pobre empena
Ou
pelo menos um osso quebra.
Imaginei
outro fim diferente,
A
pedra com o doido na mão
Jogando
ele em cima do carrão,
O
doido igual a cabo de pente
Nem
parecia que era gente,
Todo
lá reto, estatalado
No
meio do carro amassado
E
a pedra sorrindo atoa
De
toda aquela loa,
Tirando
todo atrasado.
Tem
mais coisa para imaginar,
O
carro pela pedra levantado
E
em cima do doido lançado,
Como
criança a brincar,
O
doido sem puder se levantar
Fica
ali debaixo todo quebrado,
O
carro todo amassado
E
a pedra feliz da vida,
É
a vingança querida
Desde
muito tempo passado.
O
carro também poderia
Ali
naquele momento
Pegar
aquele elemento
E
fazer boa pontaria
Acertando,
quem diria,
O
doido na cabeça do pedregulho,
Mesmo
sem fazer barulho
Mais
com alegria imensa
E
acabar com a indiferença,
Quando
o tratam de bagulho.
O
doido aprontando das suas
Também,
muito bem, poderia
Testar
sua boa pontaria
E
diferente das outras duas,
Ali
em uma das suas ruas
Pegar
o carro na mão
E
atirar com precisão,
Acertando
a pedra na testa,
Ver
agora se isso presta!
Essa
tal de imaginação.
Pois
é, assim, afinal e então
Tudo
isso poderia acontecer
Só
para você poder ver
Que
o mundo tem mais diversão
Quando
se usa a imaginação,
Se
apenas pensasse o natural
Tudo
seguiria de forma normal
O
doido a pedra pegava
No
pobre do carro jogava,
O
veículo amassado era o final.
Mas
ainda tem outra finalização
A
pedra, o carro e o doidado
Não
precisariam de mais cuidado
Nem
de mais preocupação
Pois,
por pura distração
Um
ao outro não veria
E
ninguém se “bulia”,
Tudo
passava despercebido
Nada
haveria acontecido,
Mas
graça, também, não teria.
Antes
de findar essa elucubração,
Quero
pedir mais uma coisinha,
Mais
uma paciênciazinha,
Quero
que preste bastante atenção
E
perceba a minha intenção,
Vou
falar dos personagens
Que
criaram essas imagens,
São
três, que de forma diferente
Fazem
parte da vida da gente
E
destas nossas paisagens.
A
Pedra, esse tal mineral,
É
a única coisa ou ser
Que
estar aqui desde o amanhecer
E
que vai estar no final,
Pode
até não ser na forma atual,
Mas
testemunhará o fim de tudo
Com
seu jeito calado e mudo,
E
se a pedra pudesse falar
Quantos
segredos não iria contar,
Pois
presenciou da terra, cada segundo.
Mesmo
com todo saber
A
pedra se deixa pisar
Pelos
que estão onde ela estar,
Alguns
querem até ser
Melhor
do que eu e você,
E
a pedra com toda humildade
Age
assim nessa realidade,
Por
saber que tudo passará
Mas
só ela, a pedra, ficará,
Essa
é a grande verdade!
O
carro, veículo motorizado
Transporta,
leva e trás
Gente,
produtos e animais,
Quando
tá novo é ambicionado
Quando
envelhece é abandonado,
Os
donos querem se desfazer
Tocam
a colocar para vender,
Passa
de mão em mão o pobre,
Para
quem tem menos cobre,
Até
no desmanche vim padecer.
O
carro nos deixa a lição
Que
a juventude é passageira
Passa
por a gente ligeira
Trazendo
a beleza pela mão,
Tudo
passa meu bom irmão,
Não
se iluda por essa armadilha,
Preserve
seus amigos e família,
Só
assim terás uma boa vida,
Podendo
dizer que foi bem vivida
E
que seguiu muito bem sua trilha.
Sua
velhice pode ser a do carro
Considerado
ruim por quem lhe rodeia
Para
você fazem cara feia
Ou
vivem tirando o sarro
Dizendo
que você é catarro,
Pois
é pegajoso e nojento,
Tudo
isso é resultado ou provento.
Do
que se plantou no passado
Quando
de modo desajustado
Viveu
errado cada momento.
Achando
você ser imortal
Tratava
todos com desdém
Não
fazia o bem para ninguém
Se
achando ser um ser tal
Algo
assim fenomenal
Onde
juventude e beleza
Eram
infinitas com certeza,
Então,
assim igual ao carro ficou
Todo
o mundo o desprezou,
Sua
velhice foi uma tristeza.
Por
último o tal genial,
O
doido, esse liberto
Das
regras e do certo
Dos
que se dizem racional,
Seu
mundo é o natural,
Tudo
ele pode sem se constrager,
Tudo
ele faz sem se arrepender,
O
mundo é todinho seu.
Ele
pode ser crente ou ateu.
Só
vive de frente sem se esconder!
O
doido nos ensina
Uma
grande lição
Você
é de Deus a criação,
Não
seja poste na esquina,
Nem
bomba de gasolina,
Mexa-se,
faça seu destino,
Lembre-se
de quando era menino,
Quando
você era o queria ser
É
isso que se deve aprender
Para
ser feliz nesse mundo traquino.
Aqui,
hoje você aprendeu
Ser
humilde como a Pedra,
Essa
é uma boa regra,
O
hoje é resultado do que se deu,
O
que se fez, o que aconteceu,
Foi
a lição que o Carro apresentou,
E
para a gente ele mostrou
Que
para ter um futuro decente
É
preciso ser bem consciente,
Saber
viver bem seu doutor!
O
Doido nos ensinou que sonhar
É
preciso para viver
Só
sonhando a gente vai aprender
O
que é perder e ganhar,
Depois
passar a acreditar,
Que
existe o impossível
E
que ele é bem visível
Para
aquele que não tem medo
Esse
é o bom segredo,
Dos
que chamam de incrível.
Findo
nesse momento
Essa
estória maluca
Que
saiu da minha cuca,
Desse
meu pensamento,
Que
em agradecimento
Pela
sua preciosa atenção
Trouxe
aqui na sua mão,
Um
doido, uma pedra e um carro
Que
começou tirando um sarro
Mas
terminou numa lição.
cara está de mais parabens
ResponderExcluirVlw Ailton!! Brigadão!!!
ExcluirShow de bola. Parabens , adorei !
ResponderExcluirBrigadão Paula!!!
ExcluirÉ isso aí amigo..expandindo-se e partilhando conosco suas pérolas! Deus te proteja sempre!
ResponderExcluirPois é querida amiga Lucia!! Brigadão pelo carinho de sempre!!!
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