sexta-feira, 4 de março de 2011

Maestro Hérve Cordovil: Um Gênio Brasileiro


Essa tarefa do “A Arte Do Meu Povo” de homenagear grades nomes da nossa cultura, em especial da Música Brasileira, que passam despercebidos ou desconhecidos pela maioria dos compatriotas tupiniquins, é triste e ao mesmo tempo gratificante. Triste porque são nomes que deveriam está na grande mídia a todo momento, servindo de exemplo para os nossos jovens(que tanto precisam hoje de bons ídolos) e orgulhando o nosso povo. E alegre por está, de certa forma, contribuindo para que esses grandes nomes não caiam de vez no ostracismo e também despertando em outras pessoas o interesse por eles. Quem sabe a gente plantando essa sementinha a cada dia, não colhamos em futuro não tão distante frutos de verdadeira brasilidade na maioria dos brasileiros.
É com essa intenção que o “A Arte do Meu Povo”, homenageia, hoje, mais um grande da nossa cultura. Sem medo de errar, posso afirmar que é um gigante cultural, estou falando do maestro Hervé Cordovil, um gênio da nossa música. Produziu pérolas em diversos estilos da nossa música, com certeza você conhece mais de uma música de brasileiro brilhante.
Foi pesquisando no blog http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/herv-cordovil.html, que encontrei as seguintes informações sobre nosso homenageado:



Hervé Cordovil, compositor, pianista e regente, nasceu em Viçosa MG (3/2/1914) e faleceu em São Paulo SP (16/7/1979). Foi criado no Rio de Janeiro RJ. O pai era médico e político e a mãe tinha formação musical. Estudou música desde pequeno e, entre 1924 e 1930, no Colégio Militar, foi aluno de Romeu Malta, que era também maestro da banda do colégio. Nessa época, começou a compor, mas foi desencorajado por Eduardo Souto, diretor da Casa Edison, a quem mostrou suas primeiras músicas.
Estreou como pianista e compositor em 1931, na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, e na Orquestra de Romeu Silva. Em 1933, já como um dos pianistas mais solicitados pelas rádios cariocas, transferiu-se para a Rádio Philips. No ano seguinte, compôs com Lamartine Babo um dos seus primeiros jingles, a marcha Madame do barril. No ano seguinte sua composição Triste cuíca (com Noel Rosa) foi lançada por Araci de Almeida. Ainda em 1935, trabalhou como maestro da orquestra do filme Estudantes, de Wallace Downey, e, a partir de então, musicou diversas peças de teatro, entre elas Da favela ao Catete, escrita por Freire Júnior, participando como pianista de diversas gravações.
Em 1936 formou-se em direito, mas, antes de acabar o curso, sua carreira como compositor popular já se firmara com a marcha Carolina (com Bonfiglio de Oliveira), que, gravada pelo então desconhecido Carlos Galhardo, fez muito sucesso no Carnaval de 1934. Ainda em 1936, compôs com Noel Rosa a marcha Não resta a menor dúvida, para o filme Alô, alô Carnaval, de Ademar Gonzaga, compondo depois para vários outros filmes. Nesse ano transferiu-se para a Rádio Guarani, de Belo Horizonte MG, em que, por dois anos seguidos, teve de compor e apresentar, diariamente, uma canção nova.



Nessa época compôs, com a prima Marisa Pinto Coelho, Pé de manacá, que fez grande sucesso na voz de Isaura Garcia, em 1950. Em 1938, de volta ao Rio de Janeiro, compôs a marcha Esquina da sorte (com Lamartine Babo), jingle para uma casa lotérica, gravada por Lamartine e Araci de Almeida, na Victor, para o Carnaval do ano. Em 1940, foi trabalhar na Rádio Tupi, de São Paulo.
Entre 1941 e 1945, trabalhou como advogado em Manhuaçu MG. Foi durante esse período que compôs o baião Cabeça inchada, grande sucesso em 1951, quando foi gravado por Carmélia Alves, e que teve mais de 50 gravações diferentes na Europa. Em 1945 voltou a São Paulo, passando a trabalhar como maestro orquestrador na Rádio Record, emissora em que se aposentou 26 anos depois.



Em 1946 compôs, com Mário Vieira, Sabiá lá na gaiola, outro grande sucesso gravado por Carmélia Alves, em 1950. Compôs com Correia Júnior, em 1966, Canto ao Brasil, peça sinfônica orquestrada por Gabriel Migliori e executada pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. No conjunto de sua obra destacam-se as marchas Seu Abóbora (com Lamartine Babo), gravada por Carmen Miranda em 1935, Seu Gaspar, gravada por Sílvio Caldas em 1938, e Esta noite serenou, gravada por Dalva de Oliveira em 1951; a toada Me leva (com Rochinha), gravada por Ivon Curi em 1951; o samba-canção Uma loura, gravado por Dick Farney em 1951; além dos já citados baiões Pé de manacá, Sabiá na gaiola e Cabeça inchada.
Compôs ainda algumas músicas jovens, como Rua Augusta e Boliche legal, ambas em 1964, e a versão Biquini de bolinha amarelinha. Tem músicas feitas em parceria com seus filhos Ronnie Cord e René Cordovil, também compositores. Em 1977 participou do show comemorativo 30 anos de baião, realizado no Teatro Municipal, de São Paulo, com Luiz Gonzaga, Carmélia Alves e Humberto Teixeira. Em 1997 foi publicado 0 livro Hervé Cordovil - Um gênio da música popular brasileira, de autoria de Maria do Carmo T. Passiago (João Scortecci Editora, São Paulo). “



Agora, algumas das pérolas brilhantes do nosso homenageado, algumas com parcerias magnânimas, como:

A Vida do Viajante
Com Luiz Gonzaga

Minha vida é andar por esse país
Pra ver se, um dia, descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei

Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa sigo o roteiro
Mais uma estação
E a alegria no coração

Minha vida é andar por esse país
Pra ver se, um dia, descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei

Mar e terra
Inverno e verão
Mostro o sorriso
Mostro a alegria
Mas, eu mesmo, não
E a saudade no coração.




Biquíni De Bolinha Amarelinha Tão Pequenininho

Ana Maria entrou na cabine
E foi vestir um biquíni legal
Mas era tão pequenino o biquíni
Que Ana Maria até sentiu-se mal

Ai, ai, ai, mais ficou sensacional!
Era um biquíni de bolinha amarelinha (chocante)
Tão pequenininho, mal cabia na Ana Maria
Biquíni de bolinha amarelinha (chocante)
tão pequenininho
Que na palma da mão se escondia

Ana Maria toda envergonhada
Não quis sair da cabine assim
Ficou com medo que a rapaziada
Olhasse tudo tim tim por tim tim

Ai, ai, ai, a garota tá pra mim!

Era um biquíni de bolinha amarelinha (chocante)
Tão pequenininho, mal cabia na Ana Maria
Biquíni de bolinha amarelinha (chocante)
tão pequenininho
Que na palma da mão se escondia

Ana Maria olhou-se no espelho
E viu-se quase despida afinal
Ficou com o rosto todinho vermelho
E escondeu o maiô no dedal

Olha a Ana Maria aí, gente!
Yêee shenshashional!
Uma onda, é uma onda, é uma onda que é... splishplash.

Era um biquíni de bolinha amarelinha (chocante)
Tão pequenininho, mal cabia na Ana Maria
Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow (chocante) Polkdot Bikini
Que na palma da mão se escondia.




Cabeça Inchada

Eu tô doente morena
doente eu tô merena
cabeça inchada morena
tô, tô e tô.
Ai, moreninha, moreninha meu amor
você diz que me namora, morena
mentira, morena,
namora morena
namora não

Ai morena, moreninha meu amor
você diz que por mim chora,
morena, mentira
morena não chora morena
não chora não.




Cabeça Inchada

Eu tô doente morena
doente eu tô merena
cabeça inchada morena
tô, tô e tô.
Ai, moreninha, moreninha meu amor
você diz que me namora, morena
mentira, morena,
namora morena
namora não

Ai morena, moreninha meu amor
você diz que por mim chora,
morena, mentira
morena não chora morena
não chora não.




Não Resta a Menor Dúvida

Você é uma pequena
que não resta a menor dúvida
Oh dúvida!
E eu por sua causa
já não pago a minha dívida
Oh dívida!
Estou só esperando que você
me leve o último tostão
Pra me dar seu coração

Para possuir seu coração
Darei até meu último tostão
Pelo seu amor
Serei aviador
Irei até lamber sabão

Se acaso você não quiser
Fazer por mim aquilo que puder
Eu irei então
Trocar meu coração
Por outro coração qualquer.




Rua Augusta

Entrei na Rua Augusta a 120 por hora
Botei a turma toda do passeio pra fora
Fiz curva em duas rodas sem usar a buzina
Parei a quatro dedos da vitrina

Hay, hay, Johnny
Hay, hay, Alfredo
Quem é da nossa gang não tem medo
Hay, hay, Johnny
Hay, hay, Alfredo
Quem é da nossa gang não tem medo

Meu carro não tem breque,
não tem luz, não tem buzina
Tem três carburadores,
todos os três envenenados
Só pára na subida quando acaba a gasolina
Só passa se tiver sinal fechado

Toquei a 130 com destino à cidade
No Anhangabaú eu botei mais velocidade
Com três pneus carecas derrapando na raia
Subi a galeria Prestes Maia
Tremendão

Hay, hay, Johnny
Hay, hay, Alfredo
Quem é da nossa gang não tem medo
Hay, hay, Johnny
Hay, hay, Alfredo
Quem é da nossa gang não tem medo.






Uma Loira


Todos nós temos na vida
um caso com uma loira
você...
você também tem...

uma loira é um frasco de perfume
que evapora
é o aroma de uma pétala de flor
espuma fervilhante de champanhe
numa taça muito branca de cristal
é um sonho
um poema

você já teve na vida um caso com uma loira?
pois eu...
eu tive também.







" E VIVA A ARTE DO MEU POVO!!!"

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