segunda-feira, 14 de março de 2011

Desespero E Confusão Lá No Céu



Bem amigos, resolvi hoje fazer uma coisa diferente no nosso “A Arte Do Meu Povo”.
A postagem que aqui está é uma história criada por mim em verso popular, para brincar com o imaginário popular(coisa que o nosso povo está precisando muito) e ao mesmo tempo apimentar satirizando a figura dos políticos que “existiam” no Brasil, que utilizavam do coronelismo para governar.
Claro que tudo isso é uma grande brincadeira através da nossa arte popular, em especial a nossa poesia.
Essa está fresquinha, saiu do forno agora a pouco, por isso, pode ter alguns erros.
Divirtam-se com a leitura e Viva A Brasilidade, Brasileira do Brasil.
Ah, podem fazer suas críticas também elas são sempre bem vindas.


Desespero E Confusão Lá No Céu Ou
A (Quase) Chegada De ACM Ao Céu
Nivaldo Cruz – 13.03.2011



Foi a maior das agonias
Relâmpagos e Trovões
O céu todo estremeceu
Foram delírios e ilusões
De santos, querubins,
Anjos e arcanjos guardiões.

Nossa Senhora correu
Para o Nosso Senhor,
Querendo dele ter
Um conselho salvador,
Que acabasse com a aflição
De todo o morador.

São Pedro pediu urgente
Uma grande reunião
Com todos os santos
Que estivesse pronto ou não,
Para ver se desta
Sairia uma solução.

Enquanto isso, que
Ficassem de prontidão,
De guarda, bem alerta
E com muita atenção
Sem deixar sequer passar
Nem um ser esquisitão.

Os três santos arcanjos,
O Bom e amigo Rafael
Também convocou-se,
O mensageiro Gabriel
Sem esquecer da espada
Do arcanjo São Miguel.

A entrada do céu estava
Assim, muito bem guardada
Mas o perigo era tamanho
A segurança não duraria nada
Por isso a grande preocupação
De uma solução ser achada.

No ano de dois mil e sete
Foi que esse fato aconteceu
Quando lá no planeta terra
Uma figura temível faleceu
E sua alma podia parar no céu
Por isso tudo ali estremeceu.

__Não! De jeito nenhum
Isso pode acontecer!
Se esse peste vir pra cá
A paz vai desaparecer,
Uma só alma boa não
Vai ficar sem padecer.

Falava assim gritando
Um santo bem exaltado,
Que não aceitava não
A presença do danado,
Sem querer saber sequer
Como ele seria julgado.

__Esse coisa ruim
Tem de ir é pro inferno
É direto e sem parada.
Sem julgamento interno!
Nem direito de defesa!
Pra ele é suplício eterno.

Quem gritava assim
Era uma alma boa
Que o tal mandou pra li
Quando na terra vivia atoa.
Fazendo pobre morrer,
Rindo e fazendo loa.

Iguais a esta alma
Muitas outras ali havia
Que o tal dito fez subi
Enquanto na riqueza vivia,
Quando mandava em tudo
Que existia na Bahia.

Na esperada reunião
Por São Pedro promovida
Era grande a agitação
Uma zuada desmedida
Muita conversa solta
Buscando uma saída.

São Francisco com
Toda a sua bondade
Procurou se não havia
De fato alguma verdade
Que trouxesse um ato bom
E não provas de maldade.

Procurou-se então,
No grande livro da vida
Um exemplo de bondade
Que estivesse escondida.
Nada se achou, nem uma
Linha ao assunto referida.

__Não é possível!
Que uma criatura
Viva quase 80 anos,
Uma grande aventura
Sem praticar um ato
De bondade a essa altura.

Foram as palavras
De São Bartolomeu
Estranhando a forma
Como o talzinho viveu,
Sem dar vez se quer ao bem,
Assim nasceu, cresceu e morreu.

Falou o bom Santo Antonio
Com uma voz de pesar,
__Será que aquele que vinha
Só tinha feito pecar?
Nada de bom possuía,
Para a sua alma salvar?

São Pedro nesse instante
Suspendeu a reunião
Pra saber como estava
A segurança na região,
E se estava em total controle
Aquela tal situação.

Ele queria em suas mãos
Um detalhado relatório
Para ter plena certeza
Se estava satisfatório
O plano de segurança
Pensado no oratório.

Todos no céu estavam
Com muita provisão.
Caso o estado de sítio
Fosse a grande decisão
Ou uma fuga em massa
Para os confins da imensidão.

Visto e revisto tudo
Todo relatório analisado
As decisões tomadas
Os atos aprovados
Voltou-se a reunião para
Os discursos acalorados.

__Temos logo que
Uma decisão tomar
Afinal a alma do tal
Já, já vai aqui chegar
E nós temos que alguma
Coisa ir até ela falar.

Disse o querido São José
Pedindo uma rápida decisão
Para que aquele tipo tal
Não ficasse de prontidão
Na porta que abre o céu
Empatando a entrada de cristão.

__Se depender do meu voto
Esse tal aqui não entra não!
Gritou um antigo papa,
Ou foi o papa Pio, ou o papa Leão.
Todos que estavam ali concordaram
Com a convincente exclamação.

Decisão tomada por todos.
São Pedro então acatou
Já estava decida a sentença
Nem um pedido faltou
Agora era saber quem falaria
Ouviu-se só. Eu não vou!

O grito do eu não vou!
Era só o que se ouvia
Arriscar sua eternidade
Nem um santo queria
Chegaram até a sugerir
Que fosse Santa Maria.

Mas São Pedro nessa hora
Foi bastante enérgico
__Nossa Senhora e nosso Senhor!
Isso não é, nem um pouco estratégico!
Temos que enviar outro representante
Para conversar com o maléfico.

Foi quando do meio,
Bem do centro da reunião
Surgiu a voz de Cosme
O irmão gêmeo de Damião.
__Porque não manda São Jorge,
Que já enfrentou até dragão?

Ficou decido então assim,
São Jorge ao encontro iria,
Pra dizer a tal coisa ruim
Que entrar no céu não podia.
E se ele tentasse alguma coisa
Tinha quem o impediria.

Lá foi São Jorge ao encontro.
No céu tava tudo parado
Todos queriam ouvir ou ver
Como seria o encontro esperado
Entre o santo cavaleiro do bem
E o tal ser mau e desalmado.

O encontro então se deu,
Mas ninguém se quer viu,
Uma boa nuvem de poeira
Criou-se no meio e subiu.
Era urro, berro, gritos
Gemidos, gargalhadas e assobiu.

Dois dias e mais duas noites
Se passou essa grande batalha
Muito barulho, muita sujeira
Não se via nem uma palha
Pelo que percebia só ia perder
Quem cometesse uma falha.

E foi isso que aconteceu
O talzinho num vacilo que deu
O nosso bom cavaleiro Jorge
Não titubeou e logo rebateu,
O coisa ruim pros confins
Do mundo desumano e ateu.

São Jorge para o céu voltou,
Foi recebido como um herói,
Mereceu todas as honras,
Pois o talzinho quase o destrói,
Chegando o pobre todo quebrado
E gemendo __ Aqui dói! Aqui dói!


A batalha foi das mais tiranas,
Mas no final o bem venceu
O céu estava livre do mau
Foi como o caso aconteceu
O talzinho mandão/malcriado
Para o inferno se foi, desceu.

Segundo São Jorge, lá na batalha,
O tal gritava, lutava e dizia
Que no céu ia mandar, fazendo
Tudo o que o nosso Deus fazia.
Com ele os amigos tinham de tudo,
Já os contrários, a pó reduzia.

Quando viu que não tinha jeito
Já estava mesmo perdido
Gritou : __Vou para o inferno
Tomar o poder do fedido!
E partiu lá para baixo com
A intenção de não ser vencido.

Enquanto isso lá no inferno
Era zuada, Quiprocó, correria.
Era baderna, vexame, rebuliço
Debandada, Desmantelo, estería,
Tudo isso só por causa da noticia
Que o dito do tinhoso chegaria.

Mas essa estória já é
Assunto para outro cordel
Vou ficando por aqui
Pois, acabou meu papel
De escrever mais essa
Grande aventura no céu.

terça-feira, 8 de março de 2011

Mil Vivas A Baiano E Os Novos Caetanos



Em uma época onde a ditadura imposta pelos grandes meios de comunicação força nosso povo a reverenciar tipos de arte com qualidade duvidosa, principalmente com relação a música.É mais que necessário que lembremos de brasileiros geniais, que foram responsáveis por criações divinas que fazem parte da nossa rica MPB.
Assim, o “A Arte Do Meu Povo” com muita honra e orgulho rende homenagem a esses dois monstros da nossa cultura, não através do humor(onde eram geniais comprovadamente). Mas como compositores, que com letras inteligentes falaram e criticaram problemas sérios do nosso país. Música séria feita por humoristas, isso deve ser motivo de orgulho para todos nós que nascemos nesse continente verde e amarelo.
Rogando para que não sejam esquecidos nunca, a homenagem de hoje vai para Chico Anysio e Arnold Rodrigues , através do seus Baiano e os Novos Caetanos!
Nas pesquisas, encontrou-se no blog http://euovo.blogspot.com/2006/10/baiano-e-os-novos-caetanos.html, estas informações:



Chico Anysio e Arnaud Rodrigues criaram uma paródia com Caetano Veloso e os Novos Baianos. No final da década de 60, quando Caetano e Gilberto Gil foram exilados do país, a trupe de Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby Consuelo e Paulinho Boca de Cantor ficou conhecida como Novos Baianos, como eles mesmos se intitularam.

Na televisão, Chico Anysio fazia sucesso com Chico City, onde junto com Arnaud Rodrigues interpretavam diversos personagens. Num desses quadros surgiram Baiano e os Novos Caetanos. O grande sucesso da dupla foi “Vô batê pra tu”. O primeiro disco foi lançado em 1974. No ano seguinte, 1975, a dupla lançou outro disco do “Baiano e os Novos Caetanos 2”, mas também lançaram outros discos como “Azambuja & Cia” e “Chico Anysio ao Vivo”, onde o humorista fazia um show com textos de Arnaud Rodrigues.”

Já o site WIKIPEDIA informa o seguinte:

“Baiano e os Novos Caetanos é o nome de um trio musical e humorístico composto pelos humoristas Chico Anysio, Arnaud Rodrigues e Renato Piau satirizando no título o conjunto Novos Baianos e o cantor Caetano Veloso.
Nascida nos anos 70 como uma sátira ao tropicalismo, a dupla formada por Baiano e Paulinho Boca de Profeta (personagens de Chico Anísio e Arnauld Rodrigues, respectivamente, no humorístico “Chico City”) trazia em suas canções letras divertidas e engajadas e um instrumental de primeira, com belos arranjos de violões, sanfonas e cavaquinhos, entre outros instrumentos. Clássicos como "Vô Batê Pá Tu", que fala das delações na ditadura, e "Urubu Tá com Raiva do Boi", uma crítica à situação econômica do país e ao “milagre econômico brasileiro”, e a bela "Folia de Reis", fizeram de Baiano & Os Novos Caetanos um nome significativo no universo do samba-rock e da música rural.”


Chegou a hora de você conhecer ou relembrar algumas maravilhas compostas e interpretadas por "Baianos e Novos Caetanos":

Nega

Nega, a cor da pele me incendeia
É cor de meia-noite e meia
É luxo para o seu homem, só

“Viu, neguinha, é isso aí...”

Nega, a cor da pele me incendeia
É cor de meia-noite e meia
É luxo para o seu homem, só

Faço do meu canto a neura existencial.
O conteúdo do cotidiano, o dia-a-dia da vida.
A eletrônica está substituindo o coração.
A inspiração passou a depender do transistor, do poeta, de aço, de poesia programada.
É demais para os meus sentimentos, tá sabendo ?

Folias de Rei

Ai andar andei, ai como eu andei
E aprendi a nova lei
Alegria em nome da rainha e folia em nome de rei
Alegria em nome da rainha e folia em nome de rei
Ai mar marujei, ai eu naveguei
E aprendi a nova lei
Se é de terra que fique na areia o mar bravo só respeita o rei
Ai voar voei, ai como eu voei
E aprendi a nova lei
Alegria em nome das estrelas e folia em nome de rei
Alegria em nome das estrelas e folia em nome de rei
Ai eu partirei, ai eu voltarei, vou confirmar a nova lei
Alegria em nome de Cristo, porque Cristo foi o rei dos reis
Alegria em nome de Cristo, porque Cristo foi o rei dos reis

Aldeia

Aldeia, aldeia, aldeia de pedra, aldeia
Semeia, semeia, sementes de ferro, semeia

Aldeia, aldeia, aldeia de pedra, aldeia
Semeia, semeia, sementes de ferro, semeia

Lá vem a procissão
Toca o sino late o cão
E todo mundo corre e todo mundo morre de pasta na mão
Oh de pasta na mão

Aldeia, aldeia, aldeia de pedra, aldeia
Semeia, semeia, sementes de ferro, semeia

Em cada rosto uma expressão
Em cada bucho a digestão
Um novo carro, nova capa
Enquanto velho me pede pão

O pão nosso de cada dia, dái-nos hoje, creditai, nossas dívidas
Assim como não nos perdoam nossos credores,
Não nos perdoam nossos credores...

Aldeia, aldeia, aldeia de pedra, aldeia
Semeia, semeia, sementes de ferro, semeia
Aldeia, aldeia, aldeia de pedra, aldeia
Semeia, semeia, sementes de ferro, semeia

Apocalipse

Tu não deves temer quando o azul deste céu se abrir
Tu não deves temer quando o verde da mata fluir
E um anjo branco toca a alma em clarim
E um anjo negro não quer saber mais de mim

Tu não deves temer quando o pó do planeta subir
Tu não deves temer quando o chão começar a ruir
E um anjo negro toca a alma em clarim
E um anjo branco não quer saber mais de mim

A lua de prata
Vira um ponto preto
Não se sobra o brilho da estrela Dalva

O sol bola de fogo
Vira um pingo d’água
Não escapa o riso é o fim da mágoa

Tu não deves temer quando a guerra parar de fluir
Tu não deves temer quando a fita da paz se partir
E um anjo branco toca a alma em clarim
E um anjo negro mostra a bandeira do fim

“ A gente tá só dando um toque. Não existe o centro, tá sabendo? A dor, o amor, a terra, a guerra, o pobre, o nobre... tudo é emprestado. Tudo é por enquanto, não sabe? Certo não é não... muda. Não muda, Paulinho? Tem que mudar... a gente ta só dando um toque. Quem se tocar, se tocou. Quem se toca, se toca....”

Catira caipira

Diz a frase sábia, mudou o acento é sabiá
O sol que nasce aqui é o mesmo sol que morre acolá
Quando entro no rio e vejo a sombra me acompanhar
Sombra é coisa bem feita, que entra na água sem se molhar

Catira, catira, catira, posso cantar?
Catira, catira, catira, lalalala...

Um qualquer é qualquer coisa
Qualquer um pensa o que quer
Qualquer um é qualquer coisa que você quiser

Pode ser nome de homem
Sobrenome de mulher
Ou então o telefone de quem não lhe quer
Ou então o telefone de quem não lhe quer

Catira, catira, catira, posso cantar?
Catira, catira, catira, lalalala...

A torneira quando pinga
É que não sabe fungar
Mas mulata quando ginga
Torce até quebrar

Diz que tudo vem do pó
Tudo em pó se voltará
E o café que é em pó, o que que vai virar?
E o café que é em pó, o que que vai virar?

Catira, catira, catira, posso cantar?
Catira, catira, catira, lalalala...
Diz a frase sábia, mudou o acento é sabiá
O sol que nasce aqui é o mesmo sol que morre acolá
Quando entro no rio e vejo a sombra me acompanhar
Sombra é coisa bem feita, que entra na água sem se molhar

Catira, catira, catira, posso cantar?
Catira, catira, catira, lalalala...
Catira, catira, catira, posso cantar?
Catira, catira, catira, lalalala...
Catira, catira, catira, posso cantar?
Catira, catira, catira, lalalala...
Catira, catira, catira, posso cantar?
Catira, catira, catira, lalalala...

Cego É Quem Não Quer Ver

Cego é quem não quer ver
Cego é quem não quer ver
Cego é quem não quer ver
Cego é quem não quer ver

Flores nos campos
Frutos da terra parida, hei
Muita comida
Povo bem alimentado

Com o seu suor
Sangrando de felicidade hei
Mas tudo é sonho, hei
Fácil de ser verdade

Não é porque... Cego é quem não quer ver
Não é porque...
Cego é quem não quer ver

Cego é quem não quer ver
Cego é quem não quer ver
Cego é quem não quer ver
Cego é quem não quer ver

Nos quatros cantos
Do planeta Terra, vida hei
Crianças vivas, hei
Pela fome devoradas

E o mal pior
É o vírus da sociedade, hei
Dói em você, eu sei
Dói em nós, mas é verdade

E é porque... Cego é quem não quer ver
Só é porque... Cego é quem não quer ver

Nos quatros cantos
Do planeta Terra, vida hei
Crianças vivas, hei
Pela fome devoradas

E o mal pior
É o vírus da sociedade, hei
Dói em você, eu sei
Dói em nós, mas é verdade

E é porque.... Cego é quem não quer ver
Só é porque... Cego é quem não quer ver

Cego é quem não quer ver
Cego é quem não quer ver
Cego é quem não quer ver
Cego é quem não quer ver

Cidadão da mata

Meu rancho de palha lala
Meu campo de malha lala
Um rosto na talha lala
E a chuva na calha lala

Cidadão da mata... eu sou
Cidadão da mata... eu sou

A água na lata tata
A mesa tão farta tata
Perdido na data tata
Achei-me na mata tata

Cidadão da mata... eu sou
Cidadão da mata... eu sou

Um touro na raia iaia
Um potro na baia iaia
A gente não vai iaia
Qualquer um que caia iaia

Cidadão da mata... eu sou
Cidadão da mata... eu sou

Meu cão, minha gralha lhalha
A minha pirralha lhalha
Meu pão, minha tralha lhalha
E um velho que malha lhalha

Cidadão da mata... eu sou
Cidadão da mata... eu sou

Meu rabo de saia iaia
Comigo na praia iaia
Mais se o dia raia iaia
A gente trabaia iaia

Cidadão da mata... eu sou
Matador da vila... não sou
Não sou...

“Amo, amo a mata! Porque nela não há preços. Amo o verde que me envolve... o verde sincero que me diz que a esperança, não é a ultima que morre. Quem morre por último é o herói. E o herói, é o cabra que não teve tempo de correr...”


Dendalei
Eu aprendi tudo que sei
Nos sete dias de transas do rei

Do que eu vi, muito gostei
Tudo perfeito demais
dendalei dendalei denda

Sou fã da viração do vento
Sou fã do livre pensamento
Sou fã da luz do nascimento
Sou fã aqui do melhor momento

Eu aprendi tudo que sei
Nos sete dias de transas do rei

Do que eu vi, muito gostei
Tudo perfeito demais
dendalei dendalei denda

Sou fã desse meu firmamento
Sou fã da roda que eu entro
Sou fã do velho testamento
Sou fã do agradecimento

Sou fã da viração do pensamento
Da luz do melhor momento
Do livre nascimento
Da cor do testamento
Do velho firmamento
E do agradecimento



Entardecer na fazenda

O anoitecer na fazenda
Traz um sol de esperanças
Para o dia que vem

Céu vermelho é o sangue das cores
Vistas nos arredores
Salpicadas de sol

Um bom pigarro
No uísque do doutor
Um bom cigarro, curtição do plantador

E a lua nova
Um anel no céu do entardecer
Cigarrra canta, ai, até morrer

Já deu seis horas, mãe da lua anunciou
Agora é ceia, prosa, verso e tocador
A sanfoninha, oito baixo e toca alto pra danar
Baião no chão, no céu, no ar

Entardecer na fazenda

O anoitecer na fazenda
Traz um sol de esperanças
Para o dia que vem

Céu vermelho é o sangue das cores
Vistas nos arredores
Salpicadas de sol

Um bom pigarro
No uísque do doutor
Um bom cigarro, curtição do plantador

E a lua nova
Um anel no céu do entardecer
Cigarrra canta, ai, até morrer

Já deu seis horas, mãe da lua anunciou
Agora é ceia, prosa, verso e tocador
A sanfoninha, oito baixo e toca alto pra danar
Baião no chão, no céu, no ar

Painho

Painho, Painho
Tô sofrendo mal de amor
Painho, Painho
-Joga os santos em sua dor

Painho Painho
o Xodó é o meu fraco
Painho, painho
-Sai pra lá que eu tô um caco

Chame os Santos lá de dentro
Chame os Santos de lá fora Õ,ô, ô,ô
Ô,ô,ô,ô

A Cunhã foi me dizer
Que painho tá sem amor
-Foi? Eu tô!

Eu também sofro essa dor
Essa dor ninguém suporta
-Afee! Tô morta!

Painho, painho
Um amor é meu remédio
Painho, painho
Posso ir fundo?
-Não, vá médio

Chame os Santos lá de dentro
Chame os Santos de lá fora Ô, ô, ô,ô
Ô, ô, ô ô....

A Cunhã foi me dizer
Que painho tá sem amor
-Foi? Eu tô!

Eu também sofro essa dor
Essa dor ninguém suporta
-Afee! Tô morta!

Painho, painho
Um amor é meu remédio
Painho, painho
Posso ir fundo?
-Não, vá médio

Chame os Santos lá de dentro
Chame os Santos de lá fora Ô, ô, ô,ô
Ô, ô, ô ô....

Sete Luas

Tem sete luas no cair do dia
Acende as velas para Ave-Maria
(Ave-Maria, Ave-Maria)

Tem sete luas quando o sol esfria
Acende a praça para ver Maria
(Hum... ver Maria, hum... ver Maria)

E Maria era morena
Pele jambo e reluzia
Todo homem que à via
Esquecia da novena
E fazia sua cena
Só pra ver se ela sorria
E Maria percebia
E Maria não falava
E Maria sonhava

Era uma vez um cavalo dourado
Que galopava no vento
Nele montado um príncipe encantado
Maior que o seu pensamento

E galopava livre (e galopava livre)
E galopava livre (e galopava livre)
E galopava livre (e galopava livre)

Era uma vez um cavalo dourado
Que galopava no vento
Nele montado um príncipe encantado
Maior que o seu pensamento

E galopava livre (e galopava livre)
E galopava livre (e galopava livre)
E galopava livre (e galopava livre)

Tem sete luas no cair do dia
Acende as velas para Ave-Maria
(Ave-Maria, Ave-Maria)

Tem sete luas quando o sol esfria
Acende a praça para ver Maria
(Hum... ver Maria, hum... ver Maria)

Era uma vez um cavalo dourado
Que galopava no vento
Nele montado um príncipe encantado
Maior que o seu pensamento

E galopava livre (e galopava livre)
E galopava livre (e galopava livre)
E galopava livre (e galopava livre)

Era uma vez um cavalo dourado
Que galopava no vento
Nele montado um príncipe encantado
Maior que o seu pensamento

E galopava livre (e galopava livre)
E galopava livre (e galopava livre)
E galopava livre (e galopava livre)



Tributo ao Regional

Não há considerações gerais a fazer
Tá tudo aí... Tá tudo aí
Para quem quiser ver

Não há considerações gerais a fazer
Tá tudo aí... Tá tudo aí
Para quem quiser ver

Um som perfeitamente leve pro meu corpo
Um som incrivelmente vivo, nada morto

Chia (chia), chia (chia), chia meu cavaquinho
Pia (pia), pia (pia), pia minha flautinha

Não há considerações gerais a fazer
Tá tudo aí... Tá tudo aí
Para quem quiser ver

Não há considerações gerais a fazer
Tá tudo aí... Tá tudo aí
Para quem quiser ver

Um som perfeitamente leve pro meu corpo
Um som incrivelmente vivo, nada morto

Chia (chia), chia (chia), chia meu cavaquinho
Pia (pia), pia (pia), pia minha flautinha

Chia (chia), chia (chia), chia meu cavaquinho
Pia (pia), pia (pia), pia minha flautinha



Urubu tá com raiva do boi

“Legal... me amarro nesse som, tá sabendo?
O medo, a angústia, o sufoco, a neurose, a poluição
Os juros, o fim... nada de novo.
A gente de novo só tem os sete pecados industriais.
Diga Paulinho, diga...
Eu vou contigo Paulinho, diga”

Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação

Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação

O mosquito é engolido pelo sapo
O sapo a cobra lhe devora

Mas o urubu não pode devorar o boi:
Todo dia chora, todo dia chora.
Mas o urubu não pode devorar o boi:
Todo dia chora, todo dia chora.

“O norte, a morte, a falta de sorte...
Eu tô vivo, tá sabendo?
Vivo sem norte, vivo sem sorte, eu vivo...
Eu vivo, Paulinho.
Aí a gente encontra um cabra na rua e pergunta: ‘Tudo bem?'
E ele diz pá gente: ‘Tudo bem!'
Não é um barato, Paulinho?
É um barato...”

Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação

Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação

Gavião quer engolir a socó
Socó pega o peixe e dá o fora

Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora
Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora

“Nada a dizer... nada... ou quase nada...
O que tem é a fazer: tudo... ou quase tudo...
O homem, a obra divina...
Na rua, a obra do homem...
Cheiro de gás, o asfalto fervendo, o suor batendo
O suor batendo (4 x) ”

Veio Zuza

Veio Zuza (8x)

E ele vem todo de branco, vem
E ele vem todo de branco, vem
É negro, é africano, é mestre, é Zulu

E ele vem todo de branco, vem
E ele vem todo de branco, vem
E ele vem todo de branco, vem
É negro, é africano, é mestre, é Zulu
E ele vem todo de branco, vem

São Gonçalo do Amaranto
Com sua espada em seu posto
Uma estrela na testa
Outra na maçã do rosto

São Gonçalo do Amaranto
Com sua espada em seu posto
Uma estrela na testa
Outra na maçã do rosto


Veio Zuza (8x)

E ele vem todo de branco, vem
E ele vem todo de branco, vem
É negro, é africano, é mestre, é Zulu

E ele vem todo de branco, vem
E ele vem todo de branco, vem
E ele vem todo de branco, vem
É negro, é africano, é mestre, é Zulu

E ele vem todo de branco, vem

São Gonçalo do Amaranto
Com sua espada em seu posto
Uma estrela na testa
Outra na maçã do rosto

São Gonçalo do Amaranto
Com sua espada em seu posto
Uma estrela na testa
Outra na maçã do rosto

Veio Zuza (8x)
Violamania
Baiano e Os Novos Caetanos
Composição: Indisponível
Onde, nem sei como...
De repente brilhou tudo em volta

Era meio da noite
E na toada só amor se tocou

Veio trazendo a luz do dia
O som quase esquecido
Da viola, a violamania (2x)

Onde, nem sei como...
De repente brilhou tudo em volta

Era meio da noite
E na toada só amor se tocou

Veio trazendo a luz do dia
O som quase esquecido
Da viola, a violamania (2x)


Vô batê pá tú

Falou, é isso aí malandro
Tem que se ligar aí nesse som, tá sabendo...
Eu vou bate pá tú, pá tu bate pá tua patota

Vou batê pá tu bate pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê

Pá amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pá tú
Pá tú pode batê

O caso é esse
Dizem que falam que não sei o que
Tá pá pintá ou tá pá acontecer
É papo de altas transações

Deduração um cara louco
Que dançou com tudo
Entregação com dedo de veludo
Com quem não tenho grandes ligações

Vou batê pá tu bate pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê

Pá amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pá tú
Pá tú pode batê

O caso é esse
Dizem que falam que não sei o que
Tá pá pintá ou tá pá acontecer
É papo de altas transações

Deduração, um cara louco
Que dançou com tudo
Entregação com dedo de veludo
Com quem não tenho grandes ligações

Tá falado, tu tem que se ligar....
É isso aí, falou

Vou batê pá tu bate pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê

Pá amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pá tú
Pá tú pode batê

O caso é esse
Dizem que falam que não sei o que
Tá pá pintá ou tá pá acontecer
É papo de altas transações

Deduração um cara louco
Que dançou com tudo
Entregação com dedo de veludo
Com quem não tenho grandes ligações


"E Viva A Arte Do Meu Povo!!!"

sexta-feira, 4 de março de 2011

Maestro Hérve Cordovil: Um Gênio Brasileiro


Essa tarefa do “A Arte Do Meu Povo” de homenagear grades nomes da nossa cultura, em especial da Música Brasileira, que passam despercebidos ou desconhecidos pela maioria dos compatriotas tupiniquins, é triste e ao mesmo tempo gratificante. Triste porque são nomes que deveriam está na grande mídia a todo momento, servindo de exemplo para os nossos jovens(que tanto precisam hoje de bons ídolos) e orgulhando o nosso povo. E alegre por está, de certa forma, contribuindo para que esses grandes nomes não caiam de vez no ostracismo e também despertando em outras pessoas o interesse por eles. Quem sabe a gente plantando essa sementinha a cada dia, não colhamos em futuro não tão distante frutos de verdadeira brasilidade na maioria dos brasileiros.
É com essa intenção que o “A Arte do Meu Povo”, homenageia, hoje, mais um grande da nossa cultura. Sem medo de errar, posso afirmar que é um gigante cultural, estou falando do maestro Hervé Cordovil, um gênio da nossa música. Produziu pérolas em diversos estilos da nossa música, com certeza você conhece mais de uma música de brasileiro brilhante.
Foi pesquisando no blog http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/herv-cordovil.html, que encontrei as seguintes informações sobre nosso homenageado:



Hervé Cordovil, compositor, pianista e regente, nasceu em Viçosa MG (3/2/1914) e faleceu em São Paulo SP (16/7/1979). Foi criado no Rio de Janeiro RJ. O pai era médico e político e a mãe tinha formação musical. Estudou música desde pequeno e, entre 1924 e 1930, no Colégio Militar, foi aluno de Romeu Malta, que era também maestro da banda do colégio. Nessa época, começou a compor, mas foi desencorajado por Eduardo Souto, diretor da Casa Edison, a quem mostrou suas primeiras músicas.
Estreou como pianista e compositor em 1931, na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, e na Orquestra de Romeu Silva. Em 1933, já como um dos pianistas mais solicitados pelas rádios cariocas, transferiu-se para a Rádio Philips. No ano seguinte, compôs com Lamartine Babo um dos seus primeiros jingles, a marcha Madame do barril. No ano seguinte sua composição Triste cuíca (com Noel Rosa) foi lançada por Araci de Almeida. Ainda em 1935, trabalhou como maestro da orquestra do filme Estudantes, de Wallace Downey, e, a partir de então, musicou diversas peças de teatro, entre elas Da favela ao Catete, escrita por Freire Júnior, participando como pianista de diversas gravações.
Em 1936 formou-se em direito, mas, antes de acabar o curso, sua carreira como compositor popular já se firmara com a marcha Carolina (com Bonfiglio de Oliveira), que, gravada pelo então desconhecido Carlos Galhardo, fez muito sucesso no Carnaval de 1934. Ainda em 1936, compôs com Noel Rosa a marcha Não resta a menor dúvida, para o filme Alô, alô Carnaval, de Ademar Gonzaga, compondo depois para vários outros filmes. Nesse ano transferiu-se para a Rádio Guarani, de Belo Horizonte MG, em que, por dois anos seguidos, teve de compor e apresentar, diariamente, uma canção nova.



Nessa época compôs, com a prima Marisa Pinto Coelho, Pé de manacá, que fez grande sucesso na voz de Isaura Garcia, em 1950. Em 1938, de volta ao Rio de Janeiro, compôs a marcha Esquina da sorte (com Lamartine Babo), jingle para uma casa lotérica, gravada por Lamartine e Araci de Almeida, na Victor, para o Carnaval do ano. Em 1940, foi trabalhar na Rádio Tupi, de São Paulo.
Entre 1941 e 1945, trabalhou como advogado em Manhuaçu MG. Foi durante esse período que compôs o baião Cabeça inchada, grande sucesso em 1951, quando foi gravado por Carmélia Alves, e que teve mais de 50 gravações diferentes na Europa. Em 1945 voltou a São Paulo, passando a trabalhar como maestro orquestrador na Rádio Record, emissora em que se aposentou 26 anos depois.



Em 1946 compôs, com Mário Vieira, Sabiá lá na gaiola, outro grande sucesso gravado por Carmélia Alves, em 1950. Compôs com Correia Júnior, em 1966, Canto ao Brasil, peça sinfônica orquestrada por Gabriel Migliori e executada pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. No conjunto de sua obra destacam-se as marchas Seu Abóbora (com Lamartine Babo), gravada por Carmen Miranda em 1935, Seu Gaspar, gravada por Sílvio Caldas em 1938, e Esta noite serenou, gravada por Dalva de Oliveira em 1951; a toada Me leva (com Rochinha), gravada por Ivon Curi em 1951; o samba-canção Uma loura, gravado por Dick Farney em 1951; além dos já citados baiões Pé de manacá, Sabiá na gaiola e Cabeça inchada.
Compôs ainda algumas músicas jovens, como Rua Augusta e Boliche legal, ambas em 1964, e a versão Biquini de bolinha amarelinha. Tem músicas feitas em parceria com seus filhos Ronnie Cord e René Cordovil, também compositores. Em 1977 participou do show comemorativo 30 anos de baião, realizado no Teatro Municipal, de São Paulo, com Luiz Gonzaga, Carmélia Alves e Humberto Teixeira. Em 1997 foi publicado 0 livro Hervé Cordovil - Um gênio da música popular brasileira, de autoria de Maria do Carmo T. Passiago (João Scortecci Editora, São Paulo). “



Agora, algumas das pérolas brilhantes do nosso homenageado, algumas com parcerias magnânimas, como:

A Vida do Viajante
Com Luiz Gonzaga

Minha vida é andar por esse país
Pra ver se, um dia, descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei

Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa sigo o roteiro
Mais uma estação
E a alegria no coração

Minha vida é andar por esse país
Pra ver se, um dia, descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei

Mar e terra
Inverno e verão
Mostro o sorriso
Mostro a alegria
Mas, eu mesmo, não
E a saudade no coração.




Biquíni De Bolinha Amarelinha Tão Pequenininho

Ana Maria entrou na cabine
E foi vestir um biquíni legal
Mas era tão pequenino o biquíni
Que Ana Maria até sentiu-se mal

Ai, ai, ai, mais ficou sensacional!
Era um biquíni de bolinha amarelinha (chocante)
Tão pequenininho, mal cabia na Ana Maria
Biquíni de bolinha amarelinha (chocante)
tão pequenininho
Que na palma da mão se escondia

Ana Maria toda envergonhada
Não quis sair da cabine assim
Ficou com medo que a rapaziada
Olhasse tudo tim tim por tim tim

Ai, ai, ai, a garota tá pra mim!

Era um biquíni de bolinha amarelinha (chocante)
Tão pequenininho, mal cabia na Ana Maria
Biquíni de bolinha amarelinha (chocante)
tão pequenininho
Que na palma da mão se escondia

Ana Maria olhou-se no espelho
E viu-se quase despida afinal
Ficou com o rosto todinho vermelho
E escondeu o maiô no dedal

Olha a Ana Maria aí, gente!
Yêee shenshashional!
Uma onda, é uma onda, é uma onda que é... splishplash.

Era um biquíni de bolinha amarelinha (chocante)
Tão pequenininho, mal cabia na Ana Maria
Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow (chocante) Polkdot Bikini
Que na palma da mão se escondia.




Cabeça Inchada

Eu tô doente morena
doente eu tô merena
cabeça inchada morena
tô, tô e tô.
Ai, moreninha, moreninha meu amor
você diz que me namora, morena
mentira, morena,
namora morena
namora não

Ai morena, moreninha meu amor
você diz que por mim chora,
morena, mentira
morena não chora morena
não chora não.




Cabeça Inchada

Eu tô doente morena
doente eu tô merena
cabeça inchada morena
tô, tô e tô.
Ai, moreninha, moreninha meu amor
você diz que me namora, morena
mentira, morena,
namora morena
namora não

Ai morena, moreninha meu amor
você diz que por mim chora,
morena, mentira
morena não chora morena
não chora não.




Não Resta a Menor Dúvida

Você é uma pequena
que não resta a menor dúvida
Oh dúvida!
E eu por sua causa
já não pago a minha dívida
Oh dívida!
Estou só esperando que você
me leve o último tostão
Pra me dar seu coração

Para possuir seu coração
Darei até meu último tostão
Pelo seu amor
Serei aviador
Irei até lamber sabão

Se acaso você não quiser
Fazer por mim aquilo que puder
Eu irei então
Trocar meu coração
Por outro coração qualquer.




Rua Augusta

Entrei na Rua Augusta a 120 por hora
Botei a turma toda do passeio pra fora
Fiz curva em duas rodas sem usar a buzina
Parei a quatro dedos da vitrina

Hay, hay, Johnny
Hay, hay, Alfredo
Quem é da nossa gang não tem medo
Hay, hay, Johnny
Hay, hay, Alfredo
Quem é da nossa gang não tem medo

Meu carro não tem breque,
não tem luz, não tem buzina
Tem três carburadores,
todos os três envenenados
Só pára na subida quando acaba a gasolina
Só passa se tiver sinal fechado

Toquei a 130 com destino à cidade
No Anhangabaú eu botei mais velocidade
Com três pneus carecas derrapando na raia
Subi a galeria Prestes Maia
Tremendão

Hay, hay, Johnny
Hay, hay, Alfredo
Quem é da nossa gang não tem medo
Hay, hay, Johnny
Hay, hay, Alfredo
Quem é da nossa gang não tem medo.






Uma Loira


Todos nós temos na vida
um caso com uma loira
você...
você também tem...

uma loira é um frasco de perfume
que evapora
é o aroma de uma pétala de flor
espuma fervilhante de champanhe
numa taça muito branca de cristal
é um sonho
um poema

você já teve na vida um caso com uma loira?
pois eu...
eu tive também.







" E VIVA A ARTE DO MEU POVO!!!"

terça-feira, 1 de março de 2011

Elpídio Dos Santos - O Nosso Grande Maestro/Poeta/Compositor


Amigas e Amigos, tem um tempinho que não posto nada no nosso “A Arte Do Meu Povo” a razão é a já relatada neste espaço. Porém, acredito que agora serei mais constante por aqui e para retornar e retornar bem quero homenagear hoje o GRANDE Elpídio dos Santos, mais um imenso brasileiro que o nosso povo deveria conhecer muito mais.



Elpídio foi maestro e compositor, tem obras belíssimas que fazem parte da história da nossa MPB. Mas como acontece com a maioria dos grandes nomes da nossa cultura, muito, muito pouca gente o conhece ou conhece a sua história.



Por isso é que o "A Arte Do Meu Povo" existe, para mostrar aos brasileiros que existem e existiram grandes nomes que merecem todo nosso respeito e nossa admiração.Brasileiros e brasileiras que são para nós motivo de orgulho.
Na pesquisa feita sobre Elpídio dos Santos , foram encontradas no site Wikipédia, as seguintes informações:


Elpídio dos Santos (nasceu em São Luís do Paraitinga,no dia 14 de Janeiro de 1909 — faleceu em São Luís do Paraitinga,no dia 3 de setembro de 1970) foi um maestro brasileiro.

Nascido no Vale do Paraíba, estudou música e aprendeu a tocar instrumentos de sopro na banda local, foi para São Paulo onde estudou no Conservatório Paulista de Canto Orfeônico. Escolheu o violão como instrumento que o acompanharia por toda a vida. Foi professor de música, autor de uma extensa obra com inúmeros sucessos gravados por artistas como Almir Sater e Sérgio Reis, Fafá de Belém, Vanuza, Cascatinha e Inhana, Renato Teixeira entre outros. No cinema foi o compositor preferido de Amácio Mazzaropi, criando 25 trilhas para filmes do cineasta.   Suas músicas fizeram parte da trilha sonora das novelas: Cabocla (Rede Globo), Rei do Gado (Rede Globo), Pantanal (TV Manchete/SBT) e Meu Pé de Laranja Lima (Band). Embora seja conhecido como compositor de música caipira, sua obra conta com vários gêneros musicais como valsa, samba, choro, etc.

Em 1952 grava a primeira canção (A cruz de ferro) em parceria com os amigos e compositores Anacleto Rosa Junior e Patativa, contando a lenda da cruz de ferro em Ubatuba.
Logo depois, em 1955, a gravadora Toda América lança mais uma composição de Elpídio dos Santos: Despertar do Sertão, interpretada por Cascatinha e Inhana, uma conhecida dupla da música popular na época e que foi a primeira canção brasileira tocada na rádio BBC de Londres. Novamente sua música é tocada nas rádios, seu nome começa então a ser citado nos jornais da época e a partir dali uma série de composições são gravadas por vários interpretes diferentes, entre eles: Amilton, Cascatinha Inhana, Dircinha Costa, Du Brasil Moreno, Elza Laranjeira, Irmãs Galvão, José Tobias, Laurinha, Mary do Arte, Mazzaropi, Mires de Oliveira, Nei de Fraga, Pinheirinho, Titulares do Ritmo, e recentemente foi gravado por Renato Teixeira, Almir Sater, Fafá de Belém e Sérgio Reis, entre outros. Esses intérpretes tornaram conhecidas as músicas como: Você vai gostar; A mulher do canoeiro; Chegadinho chegadinho; Lua na roça; Bandinha doIinterior; Despertar do Sertão (primeira música brasileira tocada na rádio BBC de Londres); Milagre de São Benedito; Desce a noite; Não sei chorar; Cai sereno; Velho moinho; Namoro antigo; entre outras.



Elpídio era o compositor preferido de Amácio Mazzaropi, sempre convidado para criar as músicas específicas de cada filme e que seriam cantadas pelo próprio artista. A amizade surgiu quando Mazza veio para a região com um circo quadrado bem velho e chovia muito. Procuraram o Elpídio e disseram que este homem estava a perigo e não tinha dinheiro para pagar músicos. Então Elpídio foi ajudá-lo e disse-lhe que tocaria sem cobrar nada. Mazza nunca esqueceu e reconheceu o talento de Elpídio. Assim surgiu uma grande parceria e amizade que duraria até o fim da vida de Elpídio dos Santos.


Em 1970 Elpídio dos Santos morre. No ano subsequente, Amácio Mazzaropi retorna à casa de Cinira para fazer um apelo: que um de seus jovens filhos tentasse fazer a música para seu novo filme e não deixassem assim, cessar aquela parceria.


Passados alguns anos, Amácio Mazzaropi grava a música “Despertar do Sertão” e a parceria com o velho amigo continua mesmo após sua morte.



Ao todo foram vinte e cinco canções de Elpídio dos Santos gravadas por Amácio Mazzaropi.”



Aqui algumas das maravilhs compostas por Elpídio:



A Dor Da Saudade
Elpídio dos Santos



A dor da saudade
Quem é que não tem
Olhando o passado
Quem é que não sente
Saudade de alguém...
Da pequena casinha
Da luz do luar...
Do vento manhoso
Soprando do mar...
A dor da saudade...
E até das mentiras
Que fazem sonhar
De alguém que se foi
Pra não mais voltar...
A dor da saudade...
Vá embora saudade
Dá minha casinha
Que eu quero bem.



Casinha Branca
Elpídio dos Santos



Eu tenho andado tão sozinho ultimamente,
que nem vejo à minha frente,
nada que me dê prazer.
Sinto cada vez mais longe a felicidade,
vendo em minha mocidade
tanto sonho perecer.
Eu queria ter na vida simplesmente
um lugar de mato verde,
pra plantar e pra colher.
Ter uma casinha branca de varanda,
um quintal e uma janela
para ver o sol nascer.
Às vezes saio a caminhar pela cidade.
À procura de amizades,
vou seguindo a multidão.
Mas eu me retraio olhando em cada rosto,
cada um tem seu mistério,
seu sofrer, sua ilusão.




Lá no Pé da Serra
Elpídio dos Santos


Fiz uma casinha branca lá no pé da serra pra nóis dois morar
Fica perto da barranca do rio paraná
O lugar é uma beleza eu tenho certaza você vai gostar
Fiz um capela bem do lado da janela prá nós dois rezar
Quando for dia de festa você veste o seu vestido de algodão
Quebro o meu chapéu na testa para arrematar as prendas no leilão
Satisfeito vou levar você de braço dado atrás da procissão
Vou com meu terno riscado uma flôr do lado e meu chapéu na mão.





Ranchinho Brasileiro
Elpídio dos Santos


Numa noite de garoa
Numa rede de taboa
Balançando rente ao chão
Sob a luz do candeeiro
Um caboclo brasileiro
Canta a sua inspiração
Quando desabafa o peito
Sinto até bater sem jeito
O meu pobre coração
Porque a sua melodia
É o Brasil em sinfonia
Bem no meio do sertão
E quem ouve esse violeiro, ai, ai, ai
Tem vontade perguntar
Se um ranchinho brasileiro
Chega bem
Pra dois morar.


E VIVA A ARTE DO MEU POVO!!!!